Marcelo em Bissau - 2021
A propósito das deploráveis (opinião pessoal, naturalmente) declarações e subsequentes insistências do actual inquilino em Belém acerca do nosso passado colonial (estou a lembrar-me por exemplo do passado em S.Tomé e Príncipe, razoavelmente retratado há anos numa série televisiva) e da obrigação de pagarmos, muitas pessoas têm surgido com posições que vão desde o que considero inarráveis a outras bem equilibradas. Nacionais e estrangeiros.
A propósito das deploráveis (opinião pessoal, naturalmente) declarações e subsequentes insistências do actual inquilino em Belém acerca do nosso passado colonial (estou a lembrar-me por exemplo do passado em S.Tomé e Príncipe, razoavelmente retratado há anos numa série televisiva) e da obrigação de pagarmos, muitas pessoas têm surgido com posições que vão desde o que considero inarráveis a outras bem equilibradas. Nacionais e estrangeiros.
E quando refiro "equilibradas" quero concretamente referir-me a todas as posições de pessoas de todos os ideários e intelectualmente honestas que sabem bem que (como escrevi antes neste blogue) na nossa história, quando a olhamos com os valores de hoje, não podemos deixar de nos arrepiar com certas coisas.
Não é aceitável negar muito do que se passou há mais de 600 ou mais anos.
Como não é aceitável jurar que o nosso passado colonial foi um mar de rosas e mel, como não é aceitável quase jurar a pés juntos que fomos os maiores monstros mundiais quanto a colonização e escravatura, como não é aceitável negar o que se passou de há milénios até bem recente, em África, na Ásia, nos Orientes, nas Américas, na Europa, na Oceania.
"Agora que tanto se fala de culpas e reparações sobre o nosso passado colonial" como refere uma pessoa que respeito e considero, vale a pena seguir a sua sugestão, e ir ver com atenção o vídeo da chegada a Bissau do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, em 2021.
O video é este:
E no video pode observar-se que no "trajecto entre o aeroporto e a cidade, é recebido triunfalmente por uma multidão de guineenses, na sua maioria jovens que não podem ter memória do domínio português em terras da Guiné".
Como notavelmente chama à atenção o autor do que transcrevo e está a verde, faz sentido perguntar: o que é que os pais e os avós destes guineenses lhes contaram sobre a presença colonial portuguesa na Guiné?
Como certamente acontece com muitos dos meus concidadãos, choca-me e repudio, cada vez mais, o descaramento, a desfaçatez, a ausência de rigor, a falsa investigação histórica, a deturpação, o saudosismo, o activista seja woke ou equivalente, a dissimulação, a falsa ingenuidade, o reacionarismo, o neocolonialismo, a incontinência verbal, certas agendas de grupos, pensamento polarizados, extremismos, as proclamações e vozearia grandiloquentes prenhes de princípios e de grande moralidade.
Como notavelmente chama à atenção o autor do que transcrevo e está a verde, faz sentido perguntar: o que é que os pais e os avós destes guineenses lhes contaram sobre a presença colonial portuguesa na Guiné?
Como certamente acontece com muitos dos meus concidadãos, choca-me e repudio, cada vez mais, o descaramento, a desfaçatez, a ausência de rigor, a falsa investigação histórica, a deturpação, o saudosismo, o activista seja woke ou equivalente, a dissimulação, a falsa ingenuidade, o reacionarismo, o neocolonialismo, a incontinência verbal, certas agendas de grupos, pensamento polarizados, extremismos, as proclamações e vozearia grandiloquentes prenhes de princípios e de grande moralidade.
Com tudo isto e a começar pelo inquilino em Belém, esforçam-se para que nos esqueçamos das coisas mais importantes do presente, e que nos vão desgraçando a vida. E, já agora, esforçam-se para que nos esqueçamos de várias pouca vergonhas em que estão envolvidos.
Enfim.
António Cabral (AC)
Sem comentários:
Enviar um comentário