"A mistificação parte do princípio de que em 2024 há unanimidade à volta do 25 de Abril, o que não é verdade.
O modo como à direita, radical, se tem usado como contraponto ao 25 de Abril o 25 de Novembro é objectivamente contra o 25 de Abril, até porque o 25 de Novembro da direita é uma falsificação histórica.
Não me parece que o objectivo de criar uma comissão oficial para celebrar o 25 de Novembro seja para homenagear o grande lutador pela democracia em 1975 no plano civil, Mário Soares, ou o partido mais relevante nessa luta, o PS, e os militares do Grupo dos Nove, como Vasco Lourenço ou Sousa e Castro ou Ramalho Eanes e o Presidente Costa Gomes, tudo gente que a direita detesta.
E limitar essas comemorações a Jaime Neves, que actuou sob ordens, é um reducionismo absurdo, assim como esquecer o papel decisivo de Melo Antunes, que somou à derrota da esquerda militar no dia 25 a vitória sobre a contra-revolução, recusando no dia 26 ilegalizar o PCP."
(sublinhados da minha responsabilidade)
Concordo com tudo o que em cima está reproduzido.
Pessoalmente considero o 25 de Novembro de 1975 muito importante, a não esquecer, mas a data fundadora do regime - 25 de Abril de 1974 - é a data/ o momento mais importante.
É cada vez mais claro, como refere JPP, que há cada vez mais "execráveis artistas" a arrotarem postas como se fossem os donos do 25 Novembro.
Como aqui logo na altura escrevi, só por pura tolice para dizer o mínimo, se tem a lata e o despudor de anunciar num comício político uma coisa que porventura virá a ser decisão (boa ou má) do actual governo.
É como estamos, com mistificações, com mentiras, com falsidades, com mitos, com descarada ausência de vergonha na cara enfim, com montes de gente execrável.
Democraticamente tenho de os respeitar e respeito, mas discordo liminarmente desse tipo de gente como a que JPP bem aponta.
AC
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