Cada vez mais gente se queixa. Há demasiado lixo nas ruas de Lisboa
Apesar de difícil de quantificar, o fenómeno tem sido motivo frequente de reclamações. Juntas de freguesia reconhecem problema e pedem mais meios. Câmara garante estar a agir.
Num crescente número de autarquias, quer câmaras municipais quer freguesias, sejam cidades grandes ou pequenas, vilas e aldeias, é só andar por aí, e ver em muito lado o lixo que se acumula, e é muito.
Não é só em Lisboa, como os do costume querem fazer crer, para dizer que é o MOEDAS!
É em autarquias socialistas como em várias social democratas. Todas. Umas mais que outras.
Vão ver os quadros de pessoal das câmaras municipais.
Aqui onde resido, tem sido sempre a diminuir, os da limpeza chamados varredores, os que tratavam os jardins, etc.
Canalizadores aqui na Câmara há cada vez menos.
Sempre que há rotura de encanamento nas ruas é observar o grau etário dos trabalhadores, cada vez mais velhos.
Vão ver os quadros das empresas como a AMARSUL, uma das empresas que no país foram constituídas para se encarregarem de recolha do lixo.
E o estado operacional dos camiões de recolha? Aqui há tempos quase não houve camiões a funcionar.
Mas é certamente uma grande empresa pois o presidente da autarquia abandonou o barco para ir para vogal da AMARSUL.
Palavras para quê?
Voltando ao lixo, voltando aos problemas e dificuldades em várias autarquias que os há, deve-se juntar a incúria, a desorganização e MUITA, e em grande medida a completa ausência de civismo por parte de muitas pessoas.
A este respeito, em que na minha rua é frequente observar a falta de civismo, chegam ao ponto de deixarem os sacos de lixo junto do Molok em vez de levantarem a tampa e o deitarem lá para dentro.
A isto há a juntar periodicamente o abandonar junto dos contentores de lixo, armários velhos, colchões, sapatos velhos, brinquedos, etc.
Para esse material, os chamados MONOS, as pessoas deviam telefonar (como nós fazemos aqui em casa e os vizinhos do 4º nadar) para o número da Câmara Municipal dedicado a esta recolha.
Mas não, dezenas de selvagens deixam ali em vez que os colocar lá apenas de pois de telefonar para a recolha, que é bem eficiente, rápida.
A este propósito acrescento a minha experiência na Holanda (em Haia) quando lá residi em representação do país(1991, 1992).
A cada dois meses recebia na caixa de correio uma folha de calendário para os dois meses seguintes com indicação dos dias de recolha de lixo doméstico e outro, e só na noite anterior a essas datas é que se podia colocar os contentores caseiros na rua.
Para por exemplo me desfazer de uma máquina avariada, tinha que telefonar para um dado número a pedir apoio/ recolha, e só na manhã cedo do dia indicado para a recolha é que podia colocar os monos na rua.
Diferenças de organização e de civismo.
António Cabral (AC)
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