quinta-feira, 1 de agosto de 2024

FC
Não, não é sobre futebol, não é sobre o Porto.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi criado por António Arnaut, em 1979.

Não tenho a menor dúvida de que o SNS tem de existir, deve existir, tem muito que melhorar, mas as boas ideias de Arnaut e outros, e os  sonhos e as proclamações vazias de conteúdo não são suficientes para reorganizar o SNS, para o colocar em melhores níveis de proficiência, diminuindo esperas, e etc.

Para lá de proclamações era preciso que os sucessivos governos (quem governou mais tempo nos últimos 35 anos?) tivessem reorganizado, impulsionado, tratado de carreiras, etc. 
Pouco fizeram e por isso estamos como estamos.

Além de decisões políticas era necessário não enterrar dinheiro à toa no SNS. 
Esbanjar dinheiro no SNS como Costa se vangloriava mas sem reestruturar, sem tratar de carreiras como não trataram (só lá esteve um pouco mais de 8 anos) etc. resulta no que assistimos no presente.

E estou a falar disto tudo porque cerca de três anos decorridos houve quem fosse hoje fazer exames de rotina para o que teve de ser ligeiramente sedada. Como é de norma.

Estou a falar disto porque no SNS se podem fazer exactamente os mesmos exames, e de certeza que existem profissionais (médico gastro, anestesista, enfermeiros, assistentes etc.) igualmente competentes aos que hoje disso se encarregaram.

Mas existe diferença apreciável, muita, em tudo o mais, ambiente, recursos os mais diversos para lá dos clínicos.

Existe uma organização, existe um controlo sobre tudo, desde a autêntica consulta pré exames, ao conforto do paciente, ao chá dado depois do recobro, etc. que demonstra a quem assiste e a quem é assistido que existe em toda a estrutura e em todas as hierarquias uma atenção e desvelo para com quem se lhes dirige que é muito difícil de igualar.

É que ali as coisas não funcionam porque se fazem horas extraordinárias. Como acontece no SNS.

Como escrevi no blogue por diversas vezes ao longo do tempo, sou de famílias de médicos e já tenho também experiência de vida mais do que suficiente para poder falar um bocadinho sobre questões de assistência na saúde em Portugal. 
Sem proclamações, sejam dos inarráveis Chega sejam de esquerdalhada igualmente populista.

Continuarei a voltar ao tema.
AC

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