MORTES ENCOMENDADAS
Se olharmos sobretudo às décadas decorridas desde 1914, encontramos na história deste cada vez mais louco mundo eventos diversos e algo diferentes quanto a mortes que eu chamo encomendadas.
Existe uma lista infindável de assassinatos pelos mais diferentes motivos. Mas existe, também, um conjunto de pessoas que tentaram assassinar e durante anos conseguiram escapar. Neste aspecto estou a lembrar-me por exemplo de Arafat e de Khadafi.
Ao longo das décadas tivemos os mais variados métodos de assassinato.
Por exemplo, Gandhi levou uns tiros de um modesto concidadão.
Já Indira Gandhi foi assassinada por elementos da sua guarda Sikh.
Louis Mountbatten decidiu ir passear no seu barquinho sem primeiro o ter revistado, não descobrindo assim a bomba com que o IRA o conseguiu eliminar.
O "democrata Putin" tem mandado retirar da vida política algumas pessoas que há muito decidiu não mais convidar para almoçar e, assim, alguns desses mais descuidados caem de varandas ou janelas, outros bebem chás de mau gosto, outros ainda morrem de frio.
Nos EUA, alguns sindicalistas desapareceram misteriosamente no passado.
Mas imensos casos aconteceram e não vieram a público ou quase passaram despercebidos. Estou a recordar-me por exemplo do tipo que há muitos anos engendrou o super canhão para o Saddam Hussein e acabou misteriosamente morto salvo erro na Bélgica.
Mais recentemente, e havendo novos brinquedos ao dispor de quem se encarrega de encontrar pessoas que em princípio não desejam ser encontradas, as mortes súbitas, ou encomendadas, ou ocasionais, ou porque não se desviaram a tempo, enchem as parangonas nos jornais nacionais e internacionais.
Na ordem do dia o chefe político do Hamas morto dentro do Irão.
A questão curiosa, entre possíveis outras, terá sido mesmo obra da Mossad? A Mossad não teve várias oportunidades durante anos para o liquidar? Executar no Irão?
Não terá sido alguém mais radical do que o agora assassinado para de facto inflamar ainda mais e mais depressa aquela zona?
Aguardemos.
AC
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