sábado, 27 de setembro de 2014

No País com cada vez mais imparidades
Estão sempre a "azucrinar-me" os ouvidos - olha que nos outros países, Holanda, Bélgica, Espanha, Reino Unido, EUA, mesmo nos nórdicos, também existe corrupção, compadrio, a salada russa negócios e política, não é só cá, se calhar nem somos dos piores, olha Angola, Líbano, Brasil, etc".
Concedo. Mas, resmungo, nesses países, creio,  o sistema de justiça é mais célere, creio que pelo menos em boa parte deles a pouca vergonha das prescrições não é como cá, além disso, com os males dos outros posso bem. Importa-me o que se passa dentro de casa.
E, depois, o malfadado acordo ortográfico dá sinónimos que antes não eram usados se é que existiam.
Ora vejamos um exemplo. A fotografia mostra uma luva de borracha a boiar no Tejo.
Bem, isto digo eu. Porque se for a certos sítios, teoricamente cheio de pessoas de honra, de probidade, de ética republicana, etc, tipo daqueles que segundo me disseram se espalharam no aeroporto em Macau e a mala abriu-se e era só patacas para uns certos senhores, ou naqueles sítios onde se criam "ongues" ou nos outros que emprestam apartamentos em Paris, nesses sítios dir-me-ão: o senhor está enganado, não é uma luva, está a ver só a de cima, que o mesmo é dizer, portanto, luvas, despesas de representação, honorários, despesas de deslocação, ordenado disfarçado, tickets de almoço, contribuições compensatórias, abono de família.
A língua está cada vez mais traiçoeira.
AC

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