Lembro-me de várias coisas, e vou registando afirmações várias de muitas pessoas, desde os políticos que se encarniçam nos bombardeamentos de demagogia, aos comentadores vários que, com estilos e intenções diferentes, me fazem lembrar as "abissais" diferenças entre bomba atómica, bomba de neutrões, bomba de hidrogénio, bomba limpinha! Há até quem afirme - "Não são, porém, os partidos a pedir ao "povo" para lhes "dar" algo. É o "povo" que dirá aos partidos o que quer deles. E, sobretudo, o que não quer" - opinião naturalmente que respeito.
Mas, temo bem, que a esmagadora maioria dos meus concidadãos continue a pensar, e em consequência a votar, com os pés. Será muito violenta a afirmação, paciência. Mas essa coisa de que o povo tem sempre razão tem muito que se lhe diga.
Atente-se, por exemplo, em Mário Soares e Cavaco Silva ao longo das suas diferentes etapas de donos de Portugal, e avalie-se o resultado real para as nossas vidas, em termos de real modificação e transformação do País, estruturas, reformas, mentalidades, etc. O poder foi-lhes dado pelo povo, para PM e depois, para a função moderadora de PR.
Verifiquem a moderação que os dois executaram: a falsidade dos primeiros mandatos, a pouca vergonha dos dois segundos mandatos.
Creio bem que, olhando a toda a nossa história recente, faz bastante sentido a afirmação - ....."o voto foi perdendo a sua referência a ideologias e aos programas políticos associados, para aparecer como uma resposta de circunstância a emoções conjunturais"......
Até porque, de facto, parece-me inteiramente verdadeira a conclusão -...... "quem não considera o passado fica condenado a repeti-lo, e quem não projecta o futuro fica condenado a nunca o construir".
Emoções e comoções de circunstância, com futebolês e toneladas de demagogia irão, muito provavelmente, ditar o resultado das próximas legislativas. Veremos se me engano. Eu gostava de me enganar
AC
Sem comentários:
Enviar um comentário