quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A PROPÓSITO de PARTICIPAÇÃO, CIVISMO
A questão da participação dos cidadãos na vida pública, nos actos eleitorais, e especificamente em eleições autárquicas ou seja, no processo de ponderação sobre quem escolher para dirigir o local onde se vive, tem muito que se lhe diga. 
Existem muitos estudos, interpretações, certezas, acerca da crescente abstenção.
Eu, que não passo de um simples e anónimo cidadão fico-me muitas vezes pela observação dos comportamentos no dia a dia de vários pessoas, nos prédios, nos condomínios dos familiares, nos supermercados, nas filas nas repartições públicas, nos centros comerciais, e por aí fora. 
Fico-me por essa observação e tiro conclusões, e mesmo sabendo que várias árvores ainda assim não são a floresta toda, vejo em inúmeras coisas simples que lhes respeitam, directamente, com muita clareza, o egoísmo, a ausência de respeito pelos outros, a falta de civismo. 
Quem vier atrás que feche a portaIsto não é meu!
Eles que venham limpar que é para isso que lhes pagam!
Três frases simples, corriqueiras, frequentemente ouvidas a mulheres e homens, normalmente uns empertigados. 
Daqueles do tipo - "eu não como croquetes".
Exemplos ás centenas. 
Desde a tonta do 8°Esq que, sabendo que já houve assaltos a andares no condomínio, insiste em não fechar a porta de acesso ao prédio pela garagem - "ah, sou muito distraída"
Ou os tontos que estando o primeiro contentor do lixo do prédio já cheio não dão a volta para colocar os sacos no outro contentor, deixando no chão junto ao da frente, que está cheio
Ou os que chegam à repartição de finanças, onde estão já duas pessoas junto à porta de entrada (uma delas eu, eram 0820 h) e mesmo assim, na abertura da repartição ainda perguntam com ar tonto - os senhores estavam antes de mim?
Ou aquele outro, conhecido na terra, sempre a bramar no café contra a pouca limpeza da rua mas, pouco antes, ao passar mesmo em frente à câmara municipal, deitou um papel para o chão tendo a não mais que três metros um cesto de lixo público. 
Ou aqueles que bramam contra o executivo camarário, e nunca participaram em reuniões abertas de câmara. 
Para não falar dos que não apanham as fezes dos cães, ou os que cospem para o chão, ou o famoso que escreve muito sobre economia mas no El Corte Inglês não respeita o sentido de trânsito nos parqueamentos e fica muito espantado com o vigor da minha reação a obrigá-lo a recuar, pois não saio da frente. 
Ou ainda aquele outro imbecil que mora por cima de mim, sempre com prosápia nas reuniões de condomínio, mas atira as beatas para a zona das garagens do prédio. 
Claro que o que se passa nas escolas e nas faculdades vai de CERTEZA ABSOLUTA  ajudar a que daqui a poucos anos haja muito mais civismo, e as pessoas se passem a interessar pela gestão do sítio onde residem, e pelo País. Tá claro!!!
AC

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