Vi há poucos dias anunciado no Diário de Notícias, jornal cada vez mais peculiar, a realização de um primeiro grande exercício de segurança, a envolver todas as polícias, militares (claro que o/a jornalista se refere aos agentes da GNR) e meios de socorro (INEM e bombeiros) o qual não terá cumprido a Lei de Segurança Interna (LSI), que entenderam não identificar talvez por ignorância que não vou desfazer aqui.
Parece que tudo seria à volta de um acidente entre um autocarro de passageiros e um comboio, uma tomada de reféns no comboio e depois o derrame de matérias perigosas. O DN diz que a lei aprovada em 2008 atribui o protagonismo de uma coisa destas ao secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), que no presente é uma senhora, mas ainda segundo o DN foi a GNR quem organizou, coordenou e executou o exercício, designado Railex17. Teve lugar a 16 de Novembro.
Questionado pelo DN sobre esta contradição, o chefe de estado-maior da Unidade de Intervenção da GNR, coronel Pedro Oliveira, que assumiu a direção do exercício, relativizou e, politicamente correto, disse que "a Sra. Secretária-Geral acompanhou e coordenou durante todo o tempo" o simulacro. (está-se mesmo a ver, não é??!!!).
O DN diz que não foi isso que observou no terreno e acrescenta que todo o trabalho foi da GNR, que conseguiu com sucesso juntar 42 entidades, e em nenhuma fase do exercício receberam qualquer ordem do SSI. Caso a coordenação fosse desta estrutura, seria o que devia acontecer. "Se houve coordenação do SSI foi de faz de conta", ironizou um dos oficiais de ligação. Aliás, dois responsáveis de duas forças de segurança envolvidas, contaram ao DN que as polícias e o Serviço de Informações de Segurança (SIS) foram informadas, a poucos dias do exercício, que toda as orientações para passariam a ser dadas a partir da GNR e não, como estava previsto, do SSI, existindo registos escritos destes contactos.
Mais acrescenta o DN que o simulacro começou logo às oito da manhã, quando ocorreu o primeiro incidente, ainda fora dos olhares da comunicação social, e a secretária-geral do SSI, Helena Fazenda, só chegou pelas 10.45, seguida do ministro da Administração Interna, às 11 horas, para o "briefing" feito pela GNR.
Questionado pelo DN sobre esta contradição, o chefe de estado-maior da Unidade de Intervenção da GNR, coronel Pedro Oliveira, que assumiu a direção do exercício, relativizou e, politicamente correto, disse que "a Sra. Secretária-Geral acompanhou e coordenou durante todo o tempo" o simulacro. (está-se mesmo a ver, não é??!!!).
O DN diz que não foi isso que observou no terreno e acrescenta que todo o trabalho foi da GNR, que conseguiu com sucesso juntar 42 entidades, e em nenhuma fase do exercício receberam qualquer ordem do SSI. Caso a coordenação fosse desta estrutura, seria o que devia acontecer. "Se houve coordenação do SSI foi de faz de conta", ironizou um dos oficiais de ligação. Aliás, dois responsáveis de duas forças de segurança envolvidas, contaram ao DN que as polícias e o Serviço de Informações de Segurança (SIS) foram informadas, a poucos dias do exercício, que toda as orientações para passariam a ser dadas a partir da GNR e não, como estava previsto, do SSI, existindo registos escritos destes contactos.
Mais acrescenta o DN que o simulacro começou logo às oito da manhã, quando ocorreu o primeiro incidente, ainda fora dos olhares da comunicação social, e a secretária-geral do SSI, Helena Fazenda, só chegou pelas 10.45, seguida do ministro da Administração Interna, às 11 horas, para o "briefing" feito pela GNR.
Facto é que, na apresentação da Guarda o SSI aparece como "entidade supervisora do exercício", uma competência que nem está prevista na LSI. Comando, direção, coordenação e controlo são os poderes do secretário-geral do SSI, sendo que, em casos como o que foi testado, um "incidente tático-policial grave" deviam ter sido ativados.
Adianta ainda o DN que, na verdade, desde que foi criado o SSI nunca foi feito um exercício como este Railex17 que testasse de facto a capacidade coordenação, comando e controlo do secretário-geral, a única entidade a quem a lei delega estas capacidades de articulação entre polícias, militares, secretas, bombeiros, INEM e Proteção Civil.
Adianta ainda o DN que, na verdade, desde que foi criado o SSI nunca foi feito um exercício como este Railex17 que testasse de facto a capacidade coordenação, comando e controlo do secretário-geral, a única entidade a quem a lei delega estas capacidades de articulação entre polícias, militares, secretas, bombeiros, INEM e Proteção Civil.
O DN tinha questionado anteriormente o ministério da Administração Interna sobre esta lacuna, mas não obteve resposta. A mesma ausência de exercícios conjuntos e de resposta do gabinete de Eduardo Cabrita, acontece em matéria de terrorismo.
A Estratégia Nacional de Combate ao Terrorismo, aprovada em 2015 e coordenada pelo SSI, prevê "executar exercícios regulares no âmbito da coordenação, controlo e comando operacional das forças e serviços de segurança, sobre incidentes tático-policiais que envolvam ações de natureza terrorista", mas nunca foi nenhum realizado.
Depois de ler esta palhaçada relatada pelo DN que fala por si e da grandeza destes ministros todos, fui pesquisar o "sítio" da GNR e dele retirei o seguinte:
A Guarda Nacional Republicana organiza amanhã, dia 16 de novembro, no Complexo Ferroviário de Coina, um Exercício Multidisciplinar em Ambiente Ferroviário denominado “RAILEX17”.
O exercício “RAILEX17” é um exercício em contexto real que tem como objetivo principal testar a capacidade de coordenação de forças e serviços numa intervenção multidisciplinar de reação a um incidente ferroviário grave e complexo, constituído por três fases, que simulam diferentes situações:
- Acidente rodoferroviário, entre um comboio de passageiros e um veículo pesado de passageiros;
- Incidente tático-policial, num comboio de passageiros;
- Derrame de uma matéria perigosa, num comboio de mercadorias.
Este exercício conta com a participação de mais de 40 parceiros que terão oportunidade de testar e validar os seus planos de alerta e emergência, bem como os mecanismos de coordenação, articulação e cooperação, com vista a uma resposta operacional mais eficaz.
Entre as 11:00 e as 13:00 horas o exercício será visitado pelo Ministro da Administração Interna, Dr. Eduardo Cabrita.
Depois de ler esta palhaçada relatada pelo DN que fala por si e da grandeza destes ministros todos, fui pesquisar o "sítio" da GNR e dele retirei o seguinte:
A Guarda Nacional Republicana organiza amanhã, dia 16 de novembro, no Complexo Ferroviário de Coina, um Exercício Multidisciplinar em Ambiente Ferroviário denominado “RAILEX17”.
O exercício “RAILEX17” é um exercício em contexto real que tem como objetivo principal testar a capacidade de coordenação de forças e serviços numa intervenção multidisciplinar de reação a um incidente ferroviário grave e complexo, constituído por três fases, que simulam diferentes situações:
- Acidente rodoferroviário, entre um comboio de passageiros e um veículo pesado de passageiros;
- Incidente tático-policial, num comboio de passageiros;
- Derrame de uma matéria perigosa, num comboio de mercadorias.
Este exercício conta com a participação de mais de 40 parceiros que terão oportunidade de testar e validar os seus planos de alerta e emergência, bem como os mecanismos de coordenação, articulação e cooperação, com vista a uma resposta operacional mais eficaz.
Entre as 11:00 e as 13:00 horas o exercício será visitado pelo Ministro da Administração Interna, Dr. Eduardo Cabrita.
Como se pode verificar a GNR indica uma hora para aparecerem os VIP (que mais não são que verdadeiros Very Important Potatoes) hora que bate certo com a descrição do DN.
Além disso a GNR nem refere a Sra. SSI que, como toda a gente sabe, ocupa uma coisa que é um balão de vento.
Mas mais importante é concluir que a GNR fez tudo e no briefing disfarçou.
É o estado podre e deplorável disto tudo.
António Cabral
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