quarta-feira, 17 de junho de 2020

A PROPÓSITO de HISTÓRIA
Nota prévia: não sou historiador, antropólogo, sociólogo, homem de letras.

Isto dito, tenho para mim que no passado, nos tempos antes de nós, relativamente pouco distantes, mais distantes, longínquos, a perder de vista, aconteceram muitas coisas, todos os dias.
Época houve em que, ao que parece, uns trogloditas (na minha perspectiva da época contemporânea) lhes davam umas mocadas com um cacete e as arrastavam pelos cabelos. 
Parece que pode ter sido assim.
O meu ponto é que, durante dezenas e dezenas de milhares de anos, muito se foi sucedendo a vários níveis.
Natural, creio, que tenhamos a curiosidade ou a necessidade de interpretar passados.
Creio que esta é uma meta normal em historiadores, interpretar e não apenas enumerar e apresentar passados.
E, portanto, parece-me, também natural se não mesmo importante, que os historiadores apresentem os passados e, no presente, digam nas suas diferentes perspectivas o que aconteceu em épocas passadas e o que cada evento e facto e alteração significou em dada  época.
Tenho as maiores dúvidas que isto deva ser substituído por condenações de certos passados à luz dos conceitos do presente, passados que olhados hoje são em muitos casos, repugnantes, horríveis, inaceitáveis, bárbaros. 
Discordo do reescrever da história. 
Quem esteve numa dada fotografia deve lá continuar, e não ser apagado como foi uso num passado recente e, creio, continua a ser o desejo de alguns em certos domínios.
Maria Antonieta não volta a ter cabeça.
Tal como a escravidão, por exemplo também, entre Africanos ou entre Asiáticos, deixe de ser uma realidade acontecida durante séculos apenas porque a escravidão é qualquer coisa de inqualificável à luz dos nossos princípios e direitos humanos.
AC 

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