segunda-feira, 1 de junho de 2020

As Moedas, os Moedas, as  MARIONETES
Vem isto a propósito das liturgias várias mas que agora, com o malvado vírus, ficaram interrompidas.
O vírus trouxe muito nevoeiro, tanta coisa que tem ficado para trás, algumas, muito convenientemente escondidas. 
Já falei em postais anteriores na questão do nevoeiro que o Covid-19 criou.
Hoje estou a lembrar-me das liturgias tipo conferências, ou de reuniões de sábios para dizer umas coisas sobre alterações climáticas, ou a solidez da banca, ou a solidariedade Europeia, ou a inovação e o digital, ou reuniões para avançar ideias sobre reindustrialização,  ou sobre fomento, ou sobre reocupação e redescoberta do interior.
Juntam-se uns sábios, uns doutores, uns moderadores de painéis (podem ser jornalistas, embaixadores de cabelos brancos, empresários da moda, comentadores, ex-ministros, etc.) e a coisa fica composta.
Se puder ser em Sintra, ou Serralves, ou no Palácio da Bolsa, melhor e, naturalmente, com bons repastos. 
Ah, convém ter a presença do edil da zona, sobretudo se for o de Lisboa ou do Porto.
E fica assim uma coisa pomposa. Resultado?
Não interessa muito, ficam as tiradas, fica por vezes a descoberta de um fulano de tal que, afinal, era um grande aldrabão, mas isso rapidamente se esquece. Mas não, não se esquece, eu e outros não esquecemos ainda que os pomposos aduladores de tais criaturas procurem passar entre os pingos da chuva, tal como o embevecido entusiasta pelas qualidades e curriculum (!?!?) do celebrado aldrabão.
E nada de reparar que muitos figurões entraram para a vida política de mãos a abanar e menos de reparar agora nos bolsos deles.
O que é preciso é tratar da vidinha, andar em certos círculos ou, melhor, em circos, pois como muitas vezes se nota e até de sussura, ora agora sou eu, amanhã podes ser tu. 
"Sabichice" de meia tigela, oráculos, propaganda, mentiras com umas pequenas verdades pelo meio para dar consistência, realidade.....pouca. Narrativas fabricadas por vendilhões.
Tudo muda numa vertigem e, no que me interessa, a “tugolândia”, os inocentes nem se dão conta, entretidos com os Costas, os Rios, os Marcelos, as Catarinas, os Louçãs, o recomeço do futebolês, os controlos a instalar nas praias, etc.
Palhaços, mandões escondidos que nunca aparecem, umas tiradas para os tripóides do microfone, e apanhar mais um avião.
E, já agora, dá sempre jeito arranjar e manter uns esquerdalhos a gritar e esbracejar, para dar uma certa noção de liberdade e democracia.

AC

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