quinta-feira, 26 de agosto de 2021

O R D E N S

Ao tempo, meados do século XIX, parece que era assim.

No presente, existem as Ordens Honoríficas Portuguesas, que a Lei n.º 5/ 2011, publicada no Diário da República n.º 43/ 2011, Série I de 2011-03-02, estabelece e detalha.

O quantitativo de imposição de condecorações por parte de todos os Presidentes da República ascende a números estratosféricos. O actual inquilino de Belém vai dando sinais claros de, ao fim de dez anos a viver no palácio em Belém, querer neste concurso ultrapassar todos os seus antecessores.

A lei confere-lhe o direito de decidir o que fazer, condecorar, e quando condecorar.

Mas somam-se sinais que, provavelmente para mim apenas, são de alguma incredulidade. Concretamente, estava habituado a observar imposições de condecorações a alguém que tivesse acabado uma missão, um projecto, que tivesse terminado a sua vida activa, um catedrático ou juiz jubilado, portanto, um reconhecimento do que fora feito de forma assinalável ao longo de uma vida.

Mas não, começa a ver-se a atribuição de "prebendas" a meio de missões. É como caminhamos.

AC

Ps: claro que para 99,99999999% dos portugueses este é um não assunto. Importa-lhes NADA que se atropele legislação em vigor para preparar a entronização de alguém. Marcelo continua a pensar que somos todos burros. Que não percebemos que vai "obrigar" alguém a sair de jogo antes de tempo, esse alguém a pedir formalmente para sair depois da pressão intolerável, e com aquela nojenta justificação dos sempre ponderosos e inadiáveis motivos pessoais, que ele magnanimamente atenderá, para assim abrir caminho a outro, e formalmente de nada poder ser acusado. 

Muito poucas colunas vertebrais. DEPLORÁVEL.

Sem comentários:

Enviar um comentário