Por mais de uma vez aqui referi que as circunstâncias da vida fizeram com que eu tenha tido ao longo dos anos algum privilégio no âmbito dos serviços públicos e privados de saúde, dos médicos, da medicina. Se em 1970 quer do meu lado (2) quer sobretudo do lado da minha mulher em que havia imensos médicos, no presente (muitos faleceram) temos 6 médicos na família, 3 enfermeiros no topo da carreira e uma especialista na melhor instituição de investigação no campo da saúde. Tenho uma noção razoável dos principais hospitais públicos de Lisboa e Porto, Cascais, Setubal, Vila Franca de Xira e Castelo Branco, alguns centros de saúde (Estremadura, Ribatejo, Beira-Baixa e Beira-Alta). Tenho alguma noção acerca de dois dos hospitais privados em Lisboa. E tenho amigos que são médicos. Não sou médico, nem enfermeiro, nem técnico de diagnóstico ou especialista de saúde, não sou portanto um profissional de saúde.
Mas ouço o que me relatam, leio, converso, pondero factos, mais as notícias com que nos metralham, mais as pressões políticas.
E raciocino pela minha cabeça.
Na família, idosa mãe, filhos e conjugues, estamos todos vacinados há muito, e os netos em idade de o serem estavam já agendados, e foram vacinados esta tarde.
Isto dito, e falando frequentemente com os profissionais de saúde referidos, conhecendo casos e situações e dificuldades, não tenho a menor dúvida de que as posturas dos actuais Presidente da República e do governo particularmente nos últimos 4 a 5 meses confirmam que em Portugal a ciência anda ao sabor da agenda política.
Deplorável.
A inarrável DGS, com as suas disparatadas conversas em 2020, as inconsistências, as suas inflexões, vem demonstrando que parece existir quase só para carimbar prévias decisões políticas, vergar-se à verborreia diária de várias excelências.
É como estamos, neste mar de ROSAS.
Deplorável.
AC
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