Há umas semanas apareceram umas indicações jornalísticas acerca de putativos candidatos ás eleições presidenciais de 2026.
Certamente o mais premente problema nacional!
E lá apareceram vários nomes que já antes vários ditos jornalistas e vários ditos comentadores apontavam como possíveis concorrentes à cadeira em Belém. Alguns desses candidatos vieram a público mansamente dizer - ai não, eu estou focado em . . . .
Um dos nomes falados era de um militar que, segundo corre por aí, será muito bem visto por muitos portugueses.
Agora, há muito poucos dias, lá apareceram mais uma mão cheia de sondagens para entreter o pessoal. Sobre Marcelo, Costa, os partidos e claro . . . sobre putativos candidatos à corrida presidencial em 26.
Pelo que põem a correr por aí, o actual chefe da Marinha estará muito mais bem colocado aos olhos do povo para se sentar na cadeira em Belém.
Ora os políticos da nossa praça e muito em particular a esquerda e concretamente o PS, não apreciam nada disto.
Para as esquerdas, para lá de (e bem) - fascismo nunca mais - também têm uma postura deplorável - militares em cargos civis, militares como titulares de órgãos de soberania nem pensar, nunca mais!
Têm uma aparente reverência por Ramalho Eanes, e é suficiente!
Naturalmente, digo eu, vários idiotas úteis tratam rapidamente de fazer o trabalho encomendado. Tratam de ir demolindo quem não interessa a certos dirigentes partidários. Começaram e assim continuarão até 26.
Quando alguns se interrogam porque é que a esmagadora maioria dos órgãos de comunicação social escritos estão a ter tão escassas vendas, vários em crise, dívidas monstruosas verdadeiramente pornográficas, uma das explicações é bem capaz de ser a indigência com que certos textos são escritos, a indigência espalhada por muitas folhas.
É bem capaz de ser também a habitual ausência de rigor e ausência de isenção.
A história recente tem mostrado que alguns sairam de onde estiveram anos, fundaram umas coisas e essas coisas são hoje a lástima que está à vista.
A lástima é tão enorme e tão degradante que escrevem verdadeiras barbaridades, verdadeiras peças nojentas, sem terem a dignidade deontológica de investigar quem tem responsabilidades num dado tema sobre o qual se atrevem a garatujar.
Obviamente que é tudo para fazer os fretes a quem os subsidia encapotadamente.
A sociedade portuguesa está doente, opinião pessoal naturalmente, discutível, mas deve ser respeitada.
E está doente por tudo aquilo que vem acontecendo, que está à vista.
Mas doente também porque se continua a memorizar cidadãos com base em preconceitos retrógrados, inaceitáveis do meu ponto de vista.
No caso concreto da corrida presidencial a Belém em 2026, que imagino seja neste momento já uma enorme preocupação para 99,99% dos portugueses, e salvo melhor opinião, o período de campanha eleitoral mostrará quem tem méritos, quem aparenta ter melhores qualidades e características para o cargo, e nesse período e na votação, certamente os portugueses irão rejeitar os que considerem inaptos, os que considerem arrogantes, prepotentes, demagogos, o que seja.
A Constituição da República Portuguesa (CRP) é bem clara: são elegíveis os cidadãos eleitores, portugueses de origem, maiores de 35 anos (Art. 122º).
A CRP não define se só os olhos bonitos das cliques partidárias podem ser candidatos a Presidente da República.
Se tem mais de 35 anos, se é português, pode candidatar-se.
Pode ser, jornalista, o sr Tino de Rãs, porteiro, militar fora do activo, médico, advogado, jornaleiro, caixa de super mercado, enfermeiro, funcionário da EDP, canalizador, etc.
António Cabral (AC)
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