quarta-feira, 11 de outubro de 2023

VIDROS  E  VIDREIRAS

Tendo sempre presente que uma ou duas árvores não constituem uma floresta, nem que o estado de uma floresta se pode medir automaticamente pelo estado viçoso ou calamitoso de duas ou três das suas árvores, cresce em mim a sensação de que a industria vidreira (não me refiro a garrafas e etc.) nacional, concretamente o fabrico de vidros desde 3 m/m de espessura a muito grossos, é capaz de ter mesmo acabado.

Já andava com dificuldades em obter vidros. 

Há dias, ao precisar de vidros de 6 m/m de espessura fui à rua da vidreira onde costumava comprar o que precisava, e onde não ia talvez há mais de dois anos. Era a última aqui no concelho. No concelho vizinho já tinha acabado tudo.

Pois cheguei lá, tinha fechado, puf!

Bom, descobri na Moita uma vidreira e nela resolvi o meu problema. Hoje à tarde, ao voltar lá para melhorar um lado de um dos vidros, enquanto esperava fui olhando para o imenso material por lá encostado, placas enormes de vidro de várias espessuras.

De repente, olhei melhor para um, creio que teria pelo menos 10 ou 12 m/m de espessura e tinha uma letra esvanecida, azul, e li - Made in Egypt!

Perguntei ao dono da vidreira - Egipto?, então, nós já não fabricamos vidros …. veio rápida a resposta - acabou há muito tempo!

É Portugal, não faz mal!

AC

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