SÁ CARNEIRO
Passou ontem mais um lamentável aniversário, a morte de Sá Carneiro, juntamente com outros, designadamente Adelino Amaro da Costa.
Passou ontem mais um lamentável aniversário, a morte de Sá Carneiro, juntamente com outros, designadamente Adelino Amaro da Costa.
O aviãozinho caiu sobre Camarate. Porquê?
Porque,
- falhou o combustível,
- o piloto decidiu suicidar-se,
- o motor parou porque lhe apeteceu,
- houve uma rajada súbita de vento,
- de terra dispararam um tiro e acertaram no piloto,
- porque rebentou um engenho explosivo a bordo previamente lá colocado,
- porque foi erradamente abatido por suspeita de ser avião suicida.
Um dos exemplos do que, lá bem no fundo, é o Portugal real.
Não sei quantas de "inquérito", onde se ouviu de tudo e o seu oposto.
Apuramento do que realmente se passou isso é que era bom. Não convinha a muitos, alguns vivos ainda.
Não interessa para nada a história do - ai se ele fosse vivo - porque salvo melhor opinião é uma discussão perfeitamente inútil.
Porventura algumas coisas teriam sido diferentes.
Por mim, como já apontado, é típico do Portugal real que a morte de um PM tenha ficado como ficou.
Olho aos que se visualizam na tribuna em baixo, ouvindo Sá Carneiro, e sorrio.
Um é hoje socialista e autarca. Dois já faleceram. Um considera-se o dono da liberdade nos OCS.
Finalmente, outro que não se reconcilia com várias coisas, com várias realidades, embora aponte bem algumas realidades e aponte a muitas vigarices.
Portugal seria diferente hoje do que é se ele não tem morrido?
Não faço ideia.
Arrisco dizer apenas, porventura, houvesse um pouco mais de decência na vida pública.
António Cabral (AC)
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