sábado, 10 de agosto de 2024

COMO TÍTULO,
a notícia em baixo, já um pouco lá para trás

Luís Montenegro admite financiamento público para comunicação social. Sobre o apoio aos media, numa intervenção na conferência dos 136 anos do JN, no Porto, o chefe do Governo acrescentou que "a atração de capital privado deve também ser estimulada”.

Mas, entretanto, a LUSA, está nas mãos de quem?
Ou ando muito distraído ou a Lusa está praticamente nas mãos do Estado.
Quem, principalmente, materializa o Estado nas nossa vidas?
Isso mesmo, os governos!

Governos que, sendo dominados principalmente pelo PS, ou pelo PSD, têm tido no seu corpo ministerial rapazitos e raparigas que manifestaram a espaços terem "visões" para a comunicação social.
Perigosas, arrisco eu!

Desde Arons no PS até agora recentemente Pedro Duarte do PSD, temos tido "brilhantes" criaturas com intenções, visões, e decisões de intervencionismo na comunicação social.

Tenho as maiores dúvidas e sobressaltos de cada vez que surgem anunciadas visões (pior ainda quanto as fazem sem anunciar/ divulgar) e decididas intervenções na comunicação social.

Estou a recordar a inocência do ex-PM quando injectou uns milhões em diferentes órgãos de comunicação social.

Felizmente, alguns, poucos OCS, parece que recusaram receber dinheiro dos anteriores governos PS.

Quando a agência de informação LUSA está quase 100% nas mãos governamentais, quando quem a dirige é nomeado por razões fundamentalmente partidárias, o que se deve pensar de uma sociedade onde isto ocorre sem o menor sobressalto da esmagadora maioria dos cidadãos?

Quando se olha para quem formalmente manda na RTP, quando se verificam certas jogadas em compras e recompras de OCS, o que se deve pensar de uma sociedade onde isto ocorre sem o menor sobressalto da esmagadora maioria dos cidadãos?

Quando sobre um famoso grupo de comunicação social se vê publicamente divulgada uma dívida de bastante mais de 100 milhões, quando um pantomineiro comentador tem formalmente um grupo com um calote de dezenas de milhões, o que se deve pensar de uma sociedade onde isto ocorre sem o menor sobressalto da esmagadora maioria dos cidadãos?

Quando antes de eleições certos "visionários" discordam de determinada orientação, mas mais tarde já a abraçam efusivamente, o que se deve pensar de uma sociedade onde isto ocorre sem o menor sobressalto da esmagadora maioria dos cidadãos?

Quando certos "visionários" proclamam a maior das liberdades para tudo e mais alguma coisa e, depois, ao arrepio de aparentes e anteriores convicções, se declaram fervorosos adeptos de planos de apoio à comunicação social e a outras áreas na sociedade, o que se deve pensar de uma sociedade onde isto ocorre sem o menor sobressalto da esmagadora maioria dos cidadãos?

Quando, pelo que se constata na realidade diária (canais TV, jornais, revistas), parece poder concluir-se que a maioria dos jornalistas não evidenciam incómodo ou sobressalto com o estado de coisas no âmbito da comunicação social, o que se deve pensar de uma sociedade onde isto ocorre sem o menor sobressalto da esmagadora maioria dos cidadãos?

O que se deve concluir?
Que estamos numa sociedade de direito livre e democrática, obviamente.
AC

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