Eu podia ter formulado muitos desejos, muitas coisas como estas:
- paz felicidade e amor em todo o mundo,
- paz e amor nas escolas de todo o mundo, não mais "bullying",
- paz e amor, amor e paz, paz e amor, amor e paz.
Naturalmente, e dado que 2024 não me deixou saudades nenhumas, anseio no decurso do ano iniciado, saúde, boa sorte, que os problemas que me atormentaram todo o ano passado se resolvessem.
À meia noite, 31DEZ para 1JAN, sozinho em casa, isto é, bem acompanhado apenas pela muito prezada cara metade não brindámos propriamente, saudá-mo-nos, não abri espumante, não comemos passas, passámos em revista as dificuldades que se nos depararam no ano transacto, olhámos para o que temos de enfrentar, e temos alguma esperança.
A última a morrer, como se diz sempre.
Celebrar, verdadeiramente, o quê?
Olhando bem as realidades, olhando bem a envolvente interna e a envolvente externa, celebrar, verdadeiramente o quê?
Celebro sim, uma coisa, estou vivo, como celebro a família directa e descendência estar bem felizmente.
Celebro termos algum conforto, alguns de nós com doenças menos graves inerentes à época do ano mas, nem por isso, bem vindas, pois sobretudo na miudagem deu forte.
E nós por aqui também com alguns "solavancos".
Olho o horizonte e o que vejo?
É difícil, opinião pessoal naturalmente, celebrar muito, celebrar diariamente, a não ser o chegar a casa ao fim do dia, ao aconchego familiar, inteiro, sem ter levado com um alarve de trotinete, ou com o alarve que acelerou para fazer cair o vermelho e QUE o PASSA, e os outros têm de parar. FELIZMENTE.
Celebrar diariamente o bem-estar dos nossos.
Mas se eu não disser coisas do tipo,
- fassssisssmo nunca mais,
- abaixo a direita,
- abaixo o imperialismo,
- fassssisssmo nunca mais,
- abaixo a direita,
- abaixo o imperialismo,
- abaixo as forças de segurança,
- abaixo as propinas,
- abaixo as unidades de saúde privadas,
- juntar vozes,
etc.
no mínimo, poderei ser certamente olhado como um agente do imperialismo, um reacionário, um xenófobo, um racista, um intolerante, etc.
no mínimo, poderei ser certamente olhado como um agente do imperialismo, um reacionário, um xenófobo, um racista, um intolerante, etc.
Celebrar o quê?
Celebrar por exemplo,
- que o eventual aeroporto no dito campo de tiro em Alcochete que não é em Alcochete, não vai custar nada aos contribuintes?
- que as obras ferroviárias de que em tempos Pedro Nuno Santos tanto se vangloriava estão prontas?
- que caíram drasticamente as violências domésticas?
- que na Índia, no Paquistão, as mulheres deixaram de ser violadas e nada ou quase nada acontece aos malfeitores?
- que no Reino Unido, em Portugal, em toda a Europa, por todo o mundo, os crimes e as violências são enfrentadas, pela lei, pela decência, com transparência, sem estigmatização de ninguém?
- que a guerra na Ucrânia terminou há uns meses?
- que os combustíveis em Portugal não vão subir até Março próximo?- que no Norte ela e ele se debruçaram sobre o futuro da Europa?
- que a especulação imobiliária diminuiu drasticamente?
Ter esperança, sim, mas sem me alhear das tristes e muitas delas terríveis realidades cá dentro e lá fora, não me entusiasma a grandes celebrações.
- que já não há cartéis de droga no México, na Colômbia?
- que Marcelo vai deixar de ser um papagaio incontinente?
- que Augusto Santos Silva e Marques Mendes afinal não se candidatarão às presidenciais?
- que a democracia vai vingar na Síria e não mais etnias religiosas, não mais perseguição aos católicos?
- que afinal a meta para gastos com defesa será abaixo dos 10%?
- que a China deixará a Formosa/ Taiwan em paz?
- que a Gronelândia permanecerá uma região autónoma da Dinamarca?
- que a SATA deixou de dar prejuízos?
- que Miguel Albuquerque deixa o poder Madeirense?
- que a Coreia do Sul se unirá à Coreia do Norte?
- que a AutoEuropa não parará de fabricar carros alemães?
- que acabou o terrorismo islâmico em Moçambique?
- que acabou o terrorismo islâmico em Moçambique?
- que Moçambique deixou de ser entreposto útil para o narcotráfico?
Ter esperança, sim, mas sem me alhear das tristes e muitas delas terríveis realidades cá dentro e lá fora, não me entusiasma a grandes celebrações.
Vamos ver, um dia de cada vez.
AC

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