quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

DESEJOS  para  2025
Eu podia ter formulado muitos desejos, muitas coisas como estas:
- paz felicidade e amor em todo o mundo,
- paz e amor nas escolas de todo o mundo, não mais "bullying",
- paz e amor, amor e paz, paz e amor, amor e paz.

Naturalmente, e dado que 2024 não me deixou saudades nenhumas, anseio no decurso do ano iniciado, saúde, boa sorte, que os problemas que me atormentaram todo o ano passado se resolvessem.

À meia noite, 31DEZ para 1JAN, sozinho em casa, isto é, bem acompanhado apenas pela muito prezada cara metade não brindámos propriamente, saudá-mo-nos, não abri espumante, não comemos passas, passámos em revista as dificuldades que se nos depararam no ano transacto, olhámos para o que temos de enfrentar, e temos alguma esperança.
A última a morrer, como se diz sempre.

Celebrar, verdadeiramente, o quê?
Olhando bem as realidades, olhando bem a envolvente interna e a envolvente externa, celebrar, verdadeiramente o quê?

Celebro sim, uma coisa, estou vivo, como celebro a família directa e descendência estar bem felizmente. 
Celebro termos algum conforto, alguns de nós com doenças menos graves inerentes à época do ano mas, nem por isso, bem vindas, pois sobretudo na miudagem deu forte. 
E nós por aqui também com alguns "solavancos".

Olho o horizonte e o que vejo?

É difícil, opinião pessoal naturalmente, celebrar muito, celebrar diariamente, a não ser o chegar a casa ao fim do dia, ao aconchego familiar, inteiro, sem ter levado com um alarve de trotinete, ou com o alarve que acelerou para fazer cair o vermelho e QUE o PASSA, e os outros têm de parar. FELIZMENTE.
Celebrar diariamente o bem-estar dos nossos.

Mas se eu não disser coisas do tipo,
- fassssisssmo nunca mais,
- abaixo a direita, 
- abaixo o imperialismo, 
- abaixo as forças de segurança, 
- abaixo as propinas,
- abaixo as unidades de saúde privadas, 
- juntar vozes,
etc.

no mínimo, poderei ser certamente olhado como um agente do imperialismo, um reacionário, um xenófobo, um racista, um intolerante, etc.

Celebrar o quê?
Celebrar por exemplo,
- que o eventual aeroporto no dito campo de tiro em Alcochete que não é em Alcochete, não vai custar nada aos contribuintes?
- que as obras ferroviárias de que em tempos Pedro Nuno Santos tanto se vangloriava estão prontas?
- que caíram drasticamente as violências domésticas?
- que na Índia, no Paquistão, as mulheres deixaram de ser violadas e nada ou quase nada acontece aos malfeitores?
- que no Reino Unido, em Portugal, em toda a Europa, por todo o mundo, os crimes e as violências são enfrentadas, pela lei, pela decência, com transparência, sem estigmatização de ninguém?
- que a guerra na Ucrânia terminou há uns meses?
- que os combustíveis em Portugal não vão subir até Março próximo?
- que no Norte ela e ele se debruçaram sobre o futuro da Europa?
- que a especulação imobiliária diminuiu drasticamente?
- que já não há cartéis de droga no México, na Colômbia?
- que Marcelo vai deixar de ser um papagaio incontinente?
- que Augusto Santos Silva e Marques Mendes afinal não se candidatarão às presidenciais? 
- que a democracia vai vingar na Síria e não mais etnias religiosas, não mais perseguição aos católicos?
- que afinal a meta para gastos com defesa será abaixo dos 10%?
- que a China deixará a Formosa/ Taiwan em paz?
- que a Gronelândia permanecerá uma região autónoma da Dinamarca?
- que a SATA deixou de dar prejuízos?
- que Miguel Albuquerque deixa o poder Madeirense?
- que a Coreia do Sul se unirá à Coreia do Norte?
- que a AutoEuropa não parará de fabricar carros alemães?
- que acabou o terrorismo islâmico em Moçambique? 
- que Moçambique deixou de ser entreposto útil para o narcotráfico?

Ter esperança, sim, mas sem me alhear das tristes e muitas delas terríveis realidades cá dentro e lá fora, não me entusiasma a grandes celebrações.
Vamos ver, um dia de cada vez.

AC

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