Respeito, SEMPRE, as opiniões de outrem. SEMPRE.
Depois pondero, concordo ou discordo.
Isto dito considero curioso, para dizer o mínimo, ao olhar para o nosso passado recente ver grandes loas a certas áreas das governações de António Costa (geringonça e pós geringonça).
Isto dito considero curioso, para dizer o mínimo, ao olhar para o nosso passado recente ver grandes loas a certas áreas das governações de António Costa (geringonça e pós geringonça).
Como sempre em tudo na vida, nos um pouco mais de oito anos de António Costa houve obviamente coisas que correram bem e houve outras que correram mal.
Deixo a outrem a contabilização, a verificação das proporções.
O que pessoalmente acho inarrável é louvar os excedentes orçamentais, é louvar as contas certas, é louvar o rigor orçamental prosseguido nesses anos e, depois, disfarçar o mais possível as consequências negativas disso tudo.
Claro que houve consequências negativas, MUITAS, e consequências positivas.
Positivas, lá fora começaram aparentemente a olhar para nós menos de lado. Formalmente, Portugal começou a ganhar credibilidade.
Começou a custar ligeiramente menos ir reduzindo a dívida externa do país.
Diz-se em linguajar "economês" e "financês" que nesses oito anos e uns pózinhos houve uma gestão financeira prudente.
Bom, mas as consequências não foram só positivas.
Bom, mas as consequências não foram só positivas.
A gestão António Costa /Mário Centeno atirou para cima das famílias portuguesas mais impostos mas, sobretudo, cortes/ cativações em muitas áreas da nossa sociedade.
Os defensores da escola pública, do SNS, da justiça célere e eficaz, da habitação que estaria resolvida quando chegassem os 50 anos do 25 de Abril de 1974, assobiaram para o lado quanto às carreiras dos professores e restante pessoal nas escolas, quanto às carreiras de médicos enfermeiros e assistentes operacionais, quanto à reabilitação de esquadras escolas e hospitais e centros de saúde, etc.
Ainda esta noite me chamaram à atenção para a notícia que passou nas TV quanto à regressão assustadora nos cuidados continuados no período 2017-2023. NOTÁVEL.
A isto a eurodeputada Ana Catarina Mendes e outras criaturas da mesma laia nada dizem!
O rigor orçamental, a gestão dos dinheiros públicas, as contas certas, tudo isso é importante, mas deviam ter alocado dinheiro para a saúde, habitação, ensino, justiça e não excessivas cativações, e andar depois em anúncios constantes, demagógicos, repetidos, como António Costa foi fazendo com o maior despudor, e quase nada cumprido.
A tal gestão financeira prudente não resultou do esforço coletivo dos portugueses. NÃO.
Ao colectivo dos portugueses foi imposta a degradação dos serviços públicos em geral.
Os problemas graves no SNS, na justiça, no ensino, na habitação não começaram em Março de 2024. NÃO, Não começaram nessa data!
O resultado dos sacrifícios significativos impostos capciosamente aos portugueses estão a ser crescentemente postos a nu, havendo a desonestidade política e intelectual dos do costume a dizerem que tudo começou em Março de 2024.
A partir do início de Abril de 2024 o que aconteceu foi o progressivo rebentar do "saco escondido" em todas as áreas, a que este governo se tem alegremente entregue adicionando burrice, incompetência e arrogância.
Em cima disto temos ainda as atitudes e vocalizações patéticas de um inarrável inquilino em Belém, que por exemplo liga esta parvamente designada por alguns de "Lei dos Solos" ao famoso PRR.
Um disparate dos mais estrondosos, mas nenhum jornalista e político lhe atira esse disparate à cara, forte e feio.
Aguardemos os próximos capítulos das lenga lengas e narrativas para as comparar com a vida real das famílias portuguesas.
AC
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