terça-feira, 28 de janeiro de 2025

DECÊNCIA  e  RESPEITO

A vida pública está cheia de casos que levam a decisões especiais, como por exemplo no caso dos deputados, ao levantamento da imunidade parlamentar.

O último caso conhecido é o de Miguel Arruda.

É bem sabido os cozinhados que as direcções partidárias fazem, TODAS, que fazem na elaboração das listas concorrentes às várias eleições.

É bem sabido que as direcções partidárias têm poder para instalar os nomes que querem na maioria dos lugares elegíveis, e que os restantes orgãos dos partidos incluindo as inarráveis juventudes partidárias também metem o bedelho.

É bem sabido que há décadas assim é, jogos, cambalhotas, compromissos, compras de favores, promessas, etc.

Independentemente das estruturas, pode dizer-se que são as direcções partidárias que escolhem e decidem quem fica nas listas concorrentes às eleições autárquicas e legislativas. 

Por essas escolhas são os primeiros responsáveis.

Sendo a vida o que é, havendo casos vergonhosos como o agora muito badalado, nesses casos e depois de comprovadamente ficar confirmada judicialmente a pouca vergonha de fulano ou beltrano, as direcções partidárias deveriam SIM ou NÃO, internamente, formalmente esclarecer os militantes sobre as situações que vão surgindo e que comprometem a dignidade dos partidos, como esta agora do Açoreano deputado? 

Não tem ligação com isto mas creio que Rui Moreira (que frequentemente critico) fez bem em pedir desculpa em nome da cidade do Porto pelos lamentáveis incidentes de há 50 anos exercidos sobre o CDS e o seu congresso.

O meu ponto, a propósito da vida pública, é sobre DECÊNCIA, e RESPEITO.

Bens raros no Portugal contemporâneo.

É a minha opinião, discutível, naturalmente.

Mas face ao que vai ocorrendo, não parece haver pouca decência por aí, e uma enorme falta de respeito, por exemplo, para com o órgão se soberania Assembleia da República, para com militantes dos partidos,  para com os eleitores?

AC

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