CRITÉRIOS EDITORIAIS
Quem sou eu para os discutir. Não tenho competências nem autoridade para isso.
Cabe aos órgãos institucionais de cada órgão de comunicação social (OCS) decidir o que faz grandes títulos, o que fica escondido em páginas interiores, o que silenciam premeditadamente e porventura não deviam silenciar, se fazem ou não escrutínio sério da actividade dos titulares dos órgãos de soberania, da actividade dos autarcas, da actividade das empresas públicas, se denunciam poucas vergonhas que aconteçam na esfera da máquina do Estado como justiça, saúde, ensino, forças armadas e forças de segurança, se denunciam poucas vergonhas na esfera privada.
Mas há coisas que eu decido.
Se compro algum jornal, se olho para os canais informativos de TV, se compro alguma revista, se assino digitalmente algum OCS.
Há mais coisas que decido.
Só tenho duas assinaturas digitais.
Há anos que não compro jornais.
Diariamente olho para os dois de que tenho assinatura, e percorro as gordas de muitos outros, que não posso depois ler pois não sou assinante.
Um bom amigo envia-me de vez em quando certos textos de certos jornalistas (??).
Isto dito, o que vejo e que nada me espanta?
Vai no terceiro dia e entretêm-se com títulos sobre os dislates de Trump, sobre a parva cena do oxigenado a assinar catadupas de coisas que, veremos, se alguma vez verão a luz do dia, ou a investigar a vida de um outro Trump que tem um ar ainda pior do que o pai.
E se se dedicassem a escalpelizar as poucas vergonhas que Costa e Temido deixaram passar sobre as acumulações e o que se calhar ainda não se sabe, de um fulano que envergou farda do Exército e criou empresas, e etc.?
E se escalpelizassem melhor porque é que a inarrável ministra da saúde tem tido sucessivas patéticas escolhas? Andam a mexer um pouco nisso, mas creio que podiam fazer mais e, sobretudo, espiolhar o antes, do tempo rosáceo Costa e Temido. Sim porque as coisas não começaram agora no início de Abril passado.
E se investigassem com rigor os porquês das declarações de um homem intelectualmente honesto que se chama Adalberto Campos Fernandes, e que foi ministro da saúde de Costa e depois, CURIOSAMENTE, corrido, substituído pela Temido?
E se investigassem seriamente todo o passado daquilo que chamam lei dos solos em vez da histeria tão conveniente a Pedro Nuno Santos, tão conveniente aos amigos de Pedrinho no BE, tão conveniente ao PCP?
E se investigassem seriamente o que fizeram quanto a solos urbanos e rústicos, os antecessores e sucessores de Rui Rio e ele próprio, ou em Gaia, ou em Matosinhos, ou em Cascais, ou em certas zonas do Algarve?
E se investigassem a sério o que neste assunto fez Costa enquanto foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa?
E se investigassem a sério o passado dos proto candidatos a Presidente da República, como Augusto o trauliteiro (ministro da Educação, ministro da defesa), ou Sampaio da Nóvoa (universidades), Marques Mendes (advocacia de negócios, presidente do PSD), António Vitorino (advocacia de chorudos negócios, ministro da defesa)?
E se investigassem a sério como estava o assunto PRR desde que Costa saltitou à frente de Ursula - já posso ir ao banco? - até Março de 2024? E se investigassem a sério que escrutínio sobre isso fez Marcelo que tinha anunciado ir estar com o olho nisso e agora é que quer urgência?
E se investigassem a sério o parque automóvel nacional?
E se investigassem a sério os donos dos diferentes OCS, e fossem olhar a CRP sobre o que lá se diz? (Art. 38º e 39º)
E se investigassem a sério as leis sobre a REN e RAN?
Fico por aqui.
António Cabral (AC)
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