Passam anos, e este tipo de coisas continua. Periodicamente.
Um bom exemplo da falência completa, TOTAL, de um Estado, neste caso, do formal Estado Português.
A tragédia resultou de um acidente marítimo, há dias, em pleno Tejo.
A tragédia resultou de um acidente marítimo, há dias, em pleno Tejo.
Tudo indica que foi a embarcação de pescadores (pescadores? a sério?) que abalroou o barco que vinha do Barreiro.
Há pelo menos dois desaparecidos. Que creio não apareceram.
Das notícias vindas a público sobre este acidente marítimo, mais um a juntar a tantos outros da mesma natureza e com o mesmo tipo de criaturas envolvidas, saliento estas partes:
- Dizem os homens que já arriscaram a vida nestas andanças que os quatro pescadores a bordo do “Bina” estariam a fugir à polícia quando a pequena embarcação embateu contra um catamarã que seguia do Barreiro em direção a Lisboa,
- O ambiente é tenso por ali e não há grande abertura para responder a perguntas. “A polícia devia deixar de perseguir quem trabalha”, atira um dos pescadores que se reuniram junto à zona
- As pessoas estão a fugir [às ações de fiscalização da Polícia Marítima] e, infelizmente, há acidentes”, desabafa o pescador, acabando por reconhecer que “as autoridades estão apenas a fazer o seu trabalho. . . .
Este assunto das amêijoas arrasta-se há anos.
E nada se altera!
Falência completa da autoridade do Estado.
Presumo que a Polícia Marítima tenta fazer o seu melhor, fiscalizar, mas é impotente para tal. É a minha opinião. Porquê?
Porque a montante, essa gente tem dormitórios dentro e fora do Rosário, Alcochete, Montijo, Samouco, Seixal.
Essa gente tem controladores.
Essa gente deslocou-se da zona central de Alcochete para chamar menos à atenção. Um dos grandes polos é na zona do Samouco.
Conhecem-se as carrinhas que recolhem os cestos que essa gente trás do rio e em terra carrega às costas ou em toscos carrinhos.
Às vezes até se chegam a observar as rápidas operações de pesagem.
Problemas de saúde pública?
E as quintas e armazéns que estão no meio deste contrabando que, ao que se diz em terra, vai na maioria para Espanha?
E a exploração de seres humanos a roçar a escravatura?
Não há nada disto?
Escrevem nos jornais que haverá um plano nacional de acção para a amêijoa-japonesa.
Escrevem nos jornais que haverá um plano nacional de acção para a amêijoa-japonesa.
Se o ridículo e a incompetência matassem, estaríamos felizmente livres de certa canalha, política, dirigente, anunciadora, mas não é o caso.
No entretanto a farsa prossegue. E mortes.
Claro que não estou a dar valor ao forte incremento para a economia nacional que advém deste "negócio".
E os impostos colectados nesta actividade?
E a quantidade de empregos bem remunerados assim criados?
Só um maldoso como eu não vê as enormes vantagens desta actividade no meio do Tejo.
AC
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