CULTURA
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O que denunciou estes amores foi, diz Bernardo de Brito, em uma palavra de cunho português de lei, foi a "emprenhidão".
- Credo! Que palavra! - exclamou com engulho D-Maria Tibúrcia.
- Não me parece palavra de pessoa eclesiástica! - notou a outra senhora não menos escandalizada.
O mano Teotónio, como tinha piscado o olho direito ao cónego, ria-se; e o cónego, com a maior gravidade disse:
- Minhas senhoras, os antigos faziam as coisas e diziam-nas; hoje em dia a civilização não permite dizê-las.
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(Camilo Castelo Branco, "Novelas do Minho - Maria Moisés")
AC
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