terça-feira, 22 de julho de 2025

DECISÕES ANTES de TERMINAR MANDATO

Não é inédito em Portugal que, antes de terminar o mandato, seja na Assembleia da República, num governo, um Presidente da República, um presidente de conselho de administração, um chefe militar, etc., se tomem decisões com implicações financeiras pesadas para quem vem a seguir. Muitas vezes a dias de fim de mandato!

Estas palavras a propósito das notícias lidas sobre a nova sede do Banco de Portugal, previsivelmente a construir nos terrenos da antiga feira popular em Lisboa. Desejo/ projecto anunciado por Centeno em Janeiro ou fevereiro passado.

Dizem as notícias que foi fechado um contracto promessa para instalar a sede nos tais terrenos. As notícias referem um valor de cerca de 192 milhões, se percebi bem, de que já terão sido avançado cerca de 60 milhões. TUDO questão de CÊNTIMOS! Pintelhos (Catroga dixit!)

As notícias também referem que, alguns assessores jurídicos e técnicos das instituições recrutadas pelo Banco de Portugal para o aconselhar na matéria, terão alertado o governador Mário Centeno sobre "contingências graves" e de "alto risco" que, em tese, podem vir a colocar em causa o negócio.

Referem ainda as notícias que as complicações podem vir a ter reflexos financeiros muito elevados. Se percebi bem, algo que pode vir a correr, devagarinho mas paulatinamente se as coisas não correrem bem, para perto de 300 milhões. Pintelhos (Catroga dixit!)

Dinheiro do próprio? NÃO, dos impostos dos tugas!

Desconheço completamente se é necessária uma nova sede para o Banco de Portugal.

Sei por experiência de vida, que se eu perguntasse e me respondessem (altamente improvável) apareceria uma sólida justificação. É sempre assim em Portugal.

Pouco se resolve sem legislação em cima de outra, sem novo estudo, sem novo concurso, sem nova sede, sem nova construção, sem novos estudos, sem novas assessorais e consultorias, O COSTUME, e vários a ganhar com resultados às vezes maus, sempre funestos para o erário público = nosso bolso!

Disto ficam-me as sensações seguintes:

1. será que a decisão e o avançar com ela foi exactamente por Centeno saber que não seria reconduzido? E decidir-se pelo contracto a dois meses do fim de mandato?

2. e o conselho de administração do Banco de Portugal, que aparentemente anuiu, portanto também como Centeno contra os tais alertas de técnicos e juristas, anuiu porque a maioria deles presume com certa segurança que também não continuará? 

É Portugal, é o costume, com as "prima donas" do regime, com os cheio de experiência e sabedoria, e o costumado estoirar do nosso dinheiro. 

Depois zangam-se, e o execrável lamentavelmente cada vez mais a engordar.

AC

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