ALDEIA MAIS PORTUGUESA DE PORTUGAL
O concurso - aldeia mais portuguesa - teve lugar em 1938.
A aldeia de Monsanto, no concelho de Idanha-a-Nova, venceu na final com (salvo erro) Paul.
Mais tarde, uma delegação da aldeia foi recebida pelo então PR Óscar Carmona e receberam o prémio - o Galo de Prata, de que uma réplica, maior, de metal, está no topo da Torre de Lucano ou do Relógio.
Muitas décadas depois, a aldeia da Beira-Baixa que ficou para sempre conhecida como a mais portuguesa de todas (talvez um pouco exagerado, na minha opinião, e estou à vontade, há décadas que para lá vou) num destes próximos três / quatro anos (juntamente com outras aldeias e cidades do distrito de Castelo Branco) pode passar a ficar conhecida como a que ainda consegue "espreitar" pelo meio de milhares de painéis solares que os negociantes do "verde", da "electricidade limpa", da "transição energética", da "energia limpa e renovável", da "energia mais acessível e económica" e da "inovação e sustentabilidade" se preparam para instalar ao longo de Km e Km, de hectares e hectares desde, supõe-se, zonas do concelho da Guarda passando por outras da Covilhã, Fundão e Idanha-a-Nova.
Do pouco que é público, (creio que há consulta pública até 20 de Novembro próximo), será porventura deficiência minha mas não encontrei pareceres, ou recomendações, ou preocupações formais e públicas por parte das câmaras municipais da Guarda, Covilhã, Fundão, Castelo Branco, Idanha-a-Nova quanto a este projecto - Central Solar Fotovoltaica Sophia.
Quando olho para a Europa de Ursula e Costa, e as orientações e directivas e ditames da comissão Europeia, só vejo cada vez mais negócios por trás de tudo, imposições de electrificação limpa como para os carros, enquanto todo o mundo e designadamente África, Índia, China, Rússia, Canadá, México, Brasil e EUA estão como estão.
Parece que temos na Europa de salvar o planeta.
Apenas nós!
Falar de árvores e animais é supérfluo?
E de pessoas, as poucas que já existem na maior parte dos lugares da Beira-Baixa?
Ao olhar para as previsíveis consequências deste projecto - Central Solar Fotovoltaica Sophia - PARECE!
Guterres brama pela redução da temperatura até ao final deste século.
Ora, do pouco que se sabe e, parece, os próprios promotores deste projecto isso mesmo creio que não desmentem, uma das consequências da instalação do projecto será uma subida apreciável da temperatura ambiente nas zonas onde os painéis forem implantados.
Que negócios escuros estão por trás disto?
Que personalidades conhecidas estão por trás disto?
Porque estão (parece-me) calados os autarcas dos concelhos indicados?
Que significa o silêncio do, Expresso, Observador, Público, Diário de Notícias, Sol, Jornal de Notícias, RTP, SIC, TVI, CNN, NOW, CMTV?
Neste momento, nesta fase, parece legítimo afirmar-se:
- aí está a habitual ausência de debate público
- aí está a habitual tentativa de silenciamento das pessoas
- aí está a tentativa de manipulação da opinião pública
- aí está a habitual prevalência de poderes instalados e dos interesses particulares sobre o interesse público e o interesse das comunidades
- aí está o habitual atentado aos recursos
- aí está a habitual ausência de defesa das pessoas por parte do Estado que é materializado no governo/ governos
- aí está o habitual e estranho silêncio da comunicação social dita de referência.
Os ministérios, do Ambiente, das Infra-Estruturas, da Coesão Territorial, da Economia, e a Agência Portuguesa do Ambiente, não têm nada a ver com isto?
António Cabral (AC)


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