FERROVIA NACIONAL. CP.
Naturalmente, não sei o que os meus concidadãos pensam sobre a ferrovia nacional e tudo o que lhe respeita.
É certo que se observa com frequência uma série de protestos por parte de utentes seja sobre regularidade e pontualidade de comboios, seja sobre oferta, seja sobre as condições de conforto (?) dos comboios etc.
Tendo a acreditar que a maioria dos meus concidadãos estará convencida de que isto de "ferrovia" quer dizer CP.
E não é bem assim.
Agora só compramos e com anos de atraso.
Mas a CP é um dos nomes que vem à cabeça quando se fala de ferrovia.
Mas para falar de ferrovia, deve ponderar-se que interesses estão por trás de muita coisa acontecida ao longo das últimas 4 décadas.
Há muitas teorias sobre mercado, sobre logística, sobre rentabilidade, rendibilidade, manutenção de equipamentos, sobre inovação, sobre tudo e mais alguma coisa.
Uma das dessas "e mais alguma coisa" é capaz de passar por desmembrar empresas, para criar outras empresas, para criar negócios que, se nuns casos será razoável e eficaz em outros casos/ situações se calhar a coisa já é mais duvidosa.
Por vezes aparece aquela coisa pomposa de restaurar/ reestruturar antiga empresa. Aconteceu/ acontece no mundo da ferrovia.
Há quem defenda legitimamente e se calhar com razão certas viabilidades, desmutiplicação de actividades específicas.
Uma coisa me parece evidente: tanta criação de empresas a apostar na inovação, na internacionalização, nos investimentos de grande escala, na retenção e atração de talento, na formação, na preparação para os desafios do futuro, na sustentabilidade, na energia verde limpa e renovável, na competitividade económica, na mobilidade assim e assado, na qualidade de cada projecto, no compromisso para crescer, na contribuição activa para uma mobilidade mais sustentável, mas a ferrovia nacional permanece como está.
Muitos ganham bom dinheiro há anos, mas continuamos com a bitola Ibérica, continuamos com uns minutos menos na viagem Lisboa - Porto, continuamos com projectos para isto e mais aquilo, conferências, anúncios e . . . atrasos, vide linha da Beira Alta.
Para não falar do que vai de Lisboa para Sul.
Portugal é pequenino mas é um torrãozinho de açúcar, já dizia o célebre brigadeiro da nossa literatura. POIS!
Portugal é o melhor país do mundo segundo uma patética criatura.
António Cabral (AC)
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