Como continua o meu desgraçado País
Se já raramente vejo TV, as mais das vezes usando o "rewind" dias depois, quando me convencem a massacrar os meus olhos e ouvidos e violentar as meninges, os periódicos "zapings" estão a tornar-se também maus momentos.
Como cidadão, vejo um presidente da República que pouco respeito me merece e e nenhuma consideração como comandante supremo das Forças Armadas.
Observo um PM e o seu governo recheado de cada prenda que só visto. A meu ver escapa-se à desgraça o ministro da saúde.
Quando à famosíssima oposição, ainda o presidente estava a falar em Lamego (fiz "rewind" ontem) já certamente vários jornalistas estavam a postos para ouvir Costa, a Martins, o índio, e por aí fora. Novidades? Creio bem que nem de Lamego nem das patetices vomitadas pelos outros houve qualquer novidade ou surpreendente tomada de posição construtiva.
Como se pode verificar, quanto ao PR estou à vontade para escrever o que se segue, pois há anos que o tenho em péssima conta.
Pode discutir-se a questão destes pilares por ele avançados, se deviam ser estes ou outros.
Mas eu penso que estive com atenção às palavras dos discursos do senhor alcunhado de eucalipto.
E se ouvi bem, no discurso da cerimónia da imposição de condecorações, o que ele apontou foi um conjunto de coisas que entende basilares para a nossa sociedade eventualmente conseguir modificar-se para menos má.
Não creio que tenha falado em métodos, em etapas, em estilos de governação, em ideologia. Por isso acho execrável as discursatas do senhor Costa. Trato-o assim, com um começo já de desconsideração, face à sua postura cada vez mais trauliteira. E quer governar o País? Está bem como os restantes da sua pandilha.
É o que dá a pesporrência de não respeitar as decisões dos tribunais quanto à transparência de documentação que devia ser pública e publicitada. Ou será que se inspirou no actual inquilino de Belém, de quem em dez anos não se conhece os gastos da presidência da República?
Para ética republicana, que não aplicaram nas savanas africanas e só aplicam quando lhes convém, talvez pudessem olhar para certas decisões do actual rei de Espanha.
Mesmo não sendo monárquico, e é o meu caso, qualquer pessoa intelectualmente honesta não pode deixar de reconhecer uma elevadíssima postura de cidadania no rei de Espanha. Uma postura exemplar, quanto a gastos, e no que respeita à família.
Ma somo se vê hoje e no passado, a maioria dos titulares dos órgãos de soberania em Portugal não têm olhos, não tem ouvidos, são poucas as celulazinhas cinzentas, mas sobretudo não têm vergonha na cara.
AC
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