sábado, 6 de junho de 2015

FORROBODÓ
É um termo popularucho, mas identifica bem a pantominice que grassa em várias camadas sociais e em certos grupos. Em síntese, numa série de senhoras e senhores que se intitulam de elites.
Portugal sempre teve muitas, basta ir à história, começar em 1700.
O que se pode chamar senão isso, a um esganiçado pequenino que reclama exemplos europeus do passado para corrigir o presente e o futuro, como se ele não tivesse contribuído para este presente anquilosado?
O que se pode chamar senão isso, a ele que não conseguiu entrar na galeria dos "importantões" ainda que sempre se tenha roçado por bons cadeirões, e vai daí, espuma vingança e dá apoios a quem por desinteresse total lhe poderá vir a outorgar a tal galeria?
O que se pode chamar senão isso, a um senhor que não cabe num Clio e, portanto, só grandes carros alemães para o transportar, até porque mais depressa vai ao e vem do Norte, fazendo pelo caminho as negociatas angelicais "pro bono"?
O que se poderá chamar senão isso, ás prováveis combinações entre todos os bancos, entre todas as gasolineiras, e etc?
O que se poderá chamar senão isso, ao desaparecimento de milhões, ora porque não sabe, ora porque a culpa foi da crise, ora porque os governantes foram mauzinhos, ora porque o contabilista se enganou nas contas, ora porque os reguladores lá iam jantar a casa, ou jogam todos golfe?
O que se poderá chamar senão isso, aos tumultos futebolísticos, sendo para mim tumultos os propriamente ditos e que nunca acabam, bem como as transferências, os ordenados, as compras de jogadores e treinadores, por clubes que parece estarem falidos há muito tempo e, relativamente ao que, nenhum português normal conseguirá perceber de onde vem o dinheirinho?
Portugal está cada vez mais doente, mas teimam em dizer que não.
AC

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