sexta-feira, 2 de novembro de 2018

A HISTÓRIA: a NOSSA...e....dos OUTROS?
A história o que é?
Se formos ver, por exemplo, compêndio antigo, a 4a edição do dicionário de português da "Porto Editora Lda", de J.Almeida e Costa e A. Sampaio e Melo, e para o qual comparticiparam inúmeros colaboradores de especialidades várias, encontramos o seguinte - evolução da humanidade; narração de factos sociais, políticos, económicos, militares, etc, relativos a um ou mais países; sucessão natural desses mesmos acontecimentos; estudo da origem e do progresso de uma ciência ou arte; narrativa; conto; descrição.

Por outro lado, pode ser curioso, hoje, ir ver a "História Geral e Pátria, I, Antiguidade e Idade Média", de António Mattoso e António Henriques, e ler com atenção a "nossa" idade média aí descrita. Começa nas invasões bárbaras no século V e passa por exemplo, pelo império Romano do Ocidente, pelos Germanos na Península Ibérica e a monarquia Visigótica, pela civilização muçulmana, igreja católica, feudalismo e cavalaria, classes nobres e direitos senhoriais, fundação de Portugal, o apoio da Santa Sé, primórdios do capitalismo moderno, o fomento económico, D. Dinis, D. Fernando, a marinha, a universidade, a crise portuguesa no fim do século XIV, Europa no século XV, tomada de Constantinopla.

Por outro lado, ainda, pode ser curioso, hoje, ir ver o que tinha a "Selecta Literária", vol II, 4º e 5º ano, 2ª edição, organizada por Júlio Martins e Jaime Mota; estão lá textos de, Fernão Lopes, Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, João de Barros, Diogo do Couto, Fernão Lopes de Castanheda, Damião de Góis, Pêro Vaz de Caminha, Mendes Pinto, Sá de Miranda, António Ferreira, Luís de Camões, Diogo Bernardes, Samuel Usque, Frei Heitor Pinto, Rodrigues Lobo, Padre António Vieira, Padre Manuel Bernardes, Luís António Verney, Correia Garção, Nicolau Tolentino, Bocage, Tomás Gonzaga, Marquesa de Alorna, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Castilho, Rebelo da Silva, João de Lemos, Soares de Passos, Camilo Castelo Branco, Júlio Dinis, João de Deus, Antero de Quental, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Cesário Verde, Guerra Junqueiro, Gomes Leal, Fialho de Almeida, Camilo Pessanha, António Nobre, Augusto Gil, António Sardinha, A.Lopes Vieira, Júlio Dantas, Fernando Pessoa, Aquilino Ribeiro, Florbela Espanca, Ferreira de Castro, Miguel Torga, Sebastião da Gama, José Régio.


Lembrei-me disto como de outras coisas, a propósito dos alaridos crescentes cá pelo burgo por parte, dos polícias da moda, dos polícias do politicamente correcto, dos polícias e donos da ética e da moral, dos polícias e donos da decência.
A estes crescentes alaridos, vão somando-se uns alaridos internacionais, por exemplo mas não só, acerca do nosso horroroso passado no que concerne a escravatura e colonialismo.

Não tenho a menor dúvida que os caucasianos Tugas, no passado, terão cometido as maiores atrocidades em África e na Ásia e Oceânia. Como por cá, no Continente e ilhas, se cometeram atrocidades inomináveis, e por exemplo mas não só, durante o tenebroso período da inquisição.
Tal como nas nossas antigas colónias se fizeram atrocidades até 1974, brancos sobre negros e mestiços, negros sobre negros mestiços e brancos. As atrocidades acabaram automaticamente em 1974, Abril. Certo ??
Não tenho a menor das dúvidas sobre isto.
Não estou a imaginar, por exemplo no passado, o Afonso de Albuquerque a pedir autorização para desembarcar e entrar por ali dentro.

O que me irrita é ver o que por cá certas preciosidades pensantes andam a fazer e a dizer, esquecendo por exemplo, mas não só, o enquadramento, as épocas.
Aos meus olhos, hoje, do que vou sabendo, sobre o que se fez e não devemos saber da missa a metade, dizer enormidade é dizer pouco.
Não nos devemos desculpar com as épocas nem com o que os outros também faziam e certamente fizeram, em muitos casos bem pior que nós. Bem pior que nós, basta lembrar o dizimar brutal nas Américas hoje ditas - América Latina.
NÃO, repito, NÃO.

Mas vai-me parecendo que querem convencer a malta de que fomos só nós. Só nós.
Uma das últimas "peças" neste tema, é um relatório (???) que andou por aí de uma tal de Comissão Europeia para o Racismo e a Intolerância, que afirmou, entre outras coisas, que os manuais de História vigentes em Portugal deveriam dar mais ênfase à escravatura e ao colonialismo. 
Aparentemente, os senhores e senhoras dessa comissão parece que nunca tiveram nas mãos um único manual de História vigente em Portugal. 
Aparentemente, basearam-se em certas ONG's. Espectáculo.
É nitidamente à BE. Leviandade é dizer pouco.
A nossa história está equilibradamente contada, descrita?
Não tenho capacidade para avaliar com rigor, mas admito sem problemas que provavelmente não está.
Mas também estou farto destes policiamentos asquerosos, com agendas ditadas por outrem.
Com que objectivos?
AC

Sem comentários:

Enviar um comentário