E o que é o algo mais?
A impunidade absoluta, a descarada ausência de vergonha na cara.
Em 1996 foi publicado um decreto assinado por António Guterres e que tinha a ver com uma "pequenina coisa" no nosso mundo administrativo das entidades públicas, nos organismos do Estado.
Tinha a ver com o regabofe.
E o que era o regabofe?
Ao tempo do PM Cavaco Silva tinha sido aprovada uma resolução do Conselho de Ministros, tornando obrigatória, para todos os organismos do Estado, a publicação anual de planos de atividades e relatórios e contas.
Isto em 1987, em que então se considerava imperativo enquadrar a atividade das entidades públicas com esses dois documentos.
Por palavras mais corriqueiras, chegou-se então à conclusão que era necessário obrigar os pedantes que estavam á cabeça dos organismos do Estado a prestar contas e com base nesses documentos tentar controlar o descalabro financeiro.
Como bem se sabe, o descalabro continuou até hoje.
Entre 1987 e 1996, parece que pouco se fez.
Cavaco mandou fazer mas, depois, borrifou-se na coisa?
E de 1996, ano em que começou o desvario absoluto, até hoje?
O que temos?
Claro que se sabe o que temos. TODOS SABEM BEM.
O compadrio, o comportamento execrável da maioria dos organismos públicos, o desaparecer dinheiro como areia entre os dedos, dívidas brutais, colocação de queridos do PSD, do CDS e do PS à frente dos organismos.
Opacidade na coisa pública.
Quem se preocupa?
Falam nas gorduras do Estado, mas nunca se pedem responsabilidades aos gordurosos que estão à frente dos organismos.
AC
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