No passado 4NOV realizou-se na Av da Liberdade uma cerimónia militar para celebrar o centenário do Armistício, 11 de Novembro de 1918. O cessar fogo terá tido início ás 1100 horas locais.
Assim, Marcelo e não só, puderam estar hoje em França, junto de alguns “pares” e de outros.
Nestas coisas nunca se sabe com rigor absoluto quem estimulou que se fizesse o quê, quem se escudou nos formalismos para levar a coisa ao concreto, quem sobretudo chamou esses formalismos para tratar de outros assuntos, também, porventura de importância superior para quem forçou a coisa. É a vida. Ficam as discursatas e as dúvidas legítimas.
No discurso do actual Presidente da nossa mal tratada República, se ouvi bem o "sítio" da Presidência, foram evocados 111000 militares, terão sido mortos cerca ou mais de 8000, terão sido feitos prisioneiros mais de 7000. O PR lembrou que houve combates em África, nas nossas colónias, onde creio terão andado muitos Portugueses fardados, pelo menos 30000. Os números variam muito consoante as fontes, mas mais de 55000 terão ido para França. Mas o melhor é não somar porque nestas coisas os números nunca batem certo.
Da parte final da discursata, parece-me legítimo ler de forma variada o que se ouviu da boca de Marcelo. Enviou recados? Quis realçar a sua formal capacidade (???) de Comandante Supremo das Forças Armadas? Quis mostrar força, e que força concreta ??
Como apreciar o que se passou em Lisboa no passado 4NOV com tanta pompa, com tanta tropa, e com alguns que me parece não deviam lá ter estado?
Da celebração do Centenário
Entrámos na IGG por decisão política, salvo erro em Março de 2016. Justificação para tal decisão? Depende da perspectiva.
Pessoalmente, ao que fui lendo ao longo dos tempos, um dos grandes propulsores para a entrada na guerra foi a situação política interna. Caótica. Para não perdermos as colónias e sobretudo para reforçar o regime que então nos governava? Creio que a parte do execrável regime pesou mais.
Da parte final da discursata, parece-me legítimo ler de forma variada o que se ouviu da boca de Marcelo. Enviou recados? Quis realçar a sua formal capacidade (???) de Comandante Supremo das Forças Armadas? Quis mostrar força, e que força concreta ??
Como apreciar o que se passou em Lisboa no passado 4NOV com tanta pompa, com tanta tropa, e com alguns que me parece não deviam lá ter estado?
Da celebração do Centenário
Entrámos na IGG por decisão política, salvo erro em Março de 2016. Justificação para tal decisão? Depende da perspectiva.
Pessoalmente, ao que fui lendo ao longo dos tempos, um dos grandes propulsores para a entrada na guerra foi a situação política interna. Caótica. Para não perdermos as colónias e sobretudo para reforçar o regime que então nos governava? Creio que a parte do execrável regime pesou mais.
Com a entrada dos EUA na guerra, em Junho de 1917, os EUA iniciaram a instalação de infra-estruturas em Ponta Delgada, depósitos de carvão para abastecimento dos navios, uma pequena base de apoio, operacional a partir de Novembro de 1917.
Quanto a Angola e Moçambique, as então nossas fronteiras estavam/ foram ameaçadas por Alemães. E verificaram-se contendas. E aconteceu a desgraça que atingiu a soldadesca nacional lá por África. Há quem defenda que nessa altura nem tudo foi igual na escala hierárquica.
Uma coisa parece ser verdadeira, terrivelmente verdadeira, a total incompetência na preparação, e depois na condução da guerra na Flandres e em África.
Como lembrou Marcelo, os submarinos Alemães andaram nas zonas das nossas ilhas Atlânticas, onde perdemos um navio de guerra.
O PR falou em xenofobia, iniquidade e por aí fora.
Mas quanto à história, que eu saiba, não foi bem por causa disso, direi mesmo, não foi por nada disso que despontou a IGG. Como aliás a IIGG.
Quer Sérvios quer Franceses, quer Ingleses, quer Americanos, quer Romenos, não arranjaram alibis para tratar de ver se conseguiam ficar com despojos dos impérios que então existiam e se desejava que desaparecessem?
Lembremo-nos que existiam 4 impérios.
É que em todos os países, excepto nesta desgraçada República, se equacionam a sério os interesses do Estado, se avaliam riscos e ameaças, se projectam estratégias, se avaliam recursos. Por isso, nessa altura, a questão da grande Sérvia, os pedaços de terra flutuantes entrando e saindo da França, a inveja pelo poderio industrial Alemão, as terras no Norte de Itália, a Transilvânia, e os Russos sempre a espreitar tudo. Detalhes históricos, não é senhor Presidente?
O discurso. Intenções reais?
O rigor histórico no discurso de Marcelo deixa a desejar.
O discurso. Intenções reais?
O rigor histórico no discurso de Marcelo deixa a desejar.
Mas num País de ignorantes tudo se deixa passar e não vou perder tempo.
As dezenas de milhares de Portugueses arrebanhados para Tancos (sim, Tancos), e onde então se improvisaram tropas mais fandangas que outra coisa, mal uniformizadas, mal equipadas, com escasso treino, está-se mesmo a ver que foram delirantes de contentamento para França combater a xenofobia e as iniquidades sob o olhar e os aplausos de Norton de Matos. O famoso CEP (Corpo Expedicionário Português) abandonado à sua sorte. Com um fim muito triste.
A maior intenção por detrás do discurso de Marcelo poderá ter sido???? - eu, Comandante Supremo das Forças Armadas, estou aqui, vigilante, atento, e não tolerarei o uso das Forças Armadas ao serviço de interesses, pessoas, grupos ou de jogos de poder.
Estar-se-ia a lembrar de Tancos II, o actual, que não anda nem desanda?
A parada militar
Foi de grande estadão, dizem.
A maior intenção por detrás do discurso de Marcelo poderá ter sido???? - eu, Comandante Supremo das Forças Armadas, estou aqui, vigilante, atento, e não tolerarei o uso das Forças Armadas ao serviço de interesses, pessoas, grupos ou de jogos de poder.
Estar-se-ia a lembrar de Tancos II, o actual, que não anda nem desanda?
A parada militar
Foi de grande estadão, dizem.
Não vi, mas dizem-me que se viram muitos desalinhamentos, trocas de passos.
Na assistência, as figuras do Estado, com Marcelo Rebelo de Sousa à cabeça, representações diplomáticas acreditadas em Lisboa, muitos dignitários de cores e natureza variada............altas patentes militares incluindo o ex-CEME Rovisco Duarte.
Como não assisti ao evento, nem pela TV, pois mais interessantes coisas me ocupavam, não tenho a certeza mas, parece, que integraram o desfile representações da GNR e da PSP.
Não tenho nada de especial contra as forças de segurança, mas a que título?
Também estiverem em África a combater Alemães, a combater a xenofobia e as iniquidades?
Claro que o PCP, os “melancia” e o BE caladinhos que nem ratos, quer sobre o caso, quer, a celebração, o dinheiro gasto na coisa para gáudio dos figurões de Estado. Não bradaram contra lavagens históricas.
Claro que o PCP, os “melancia” e o BE caladinhos que nem ratos, quer sobre o caso, quer, a celebração, o dinheiro gasto na coisa para gáudio dos figurões de Estado. Não bradaram contra lavagens históricas.
Uma coisa é de realçar, parece que houve o bom senso de não fazer desfilar o material com lagartas metálicas; lá se iria o alcatrão das avenidas, como aconteceu no Porto décadas atrás.
Que concluir?
Sim, as FA não devem ser usadas para jogos políticos, jogos de poder.
Que concluir?
Sim, as FA não devem ser usadas para jogos políticos, jogos de poder.
Não se terá esquecido que, no presente, os jogos de poder persistem e, no caso nacional, ainda que num espectro de baixa intensidade como se costuma dizer, jogos de poder persistem, e por exemplo, se podem vislumbrar à volta da "cena" Tancos.
Sim, as Forças Armadas são o garante último da liberdade e da democracia.
Sim, as Forças Armadas são o garante último da liberdade e da democracia.
A terminar, uma coisa para mim é certa: é vergonhoso como em Portugal se tratam os nossos mortos das guerras, como lastimável e igualmente vergonhoso se tratam os vivos no presente.
E quanto aos vivos não me refiro apenas à fiscalidade e custo de vida, refiro-me a este inqualificável tratamento dos cidadãos, diário, considerando-os uns tontos, uns tolos. É uma vergonha, é asqueroso, e diz bem da categoria desta gentinha TODA.
Como vergonhosa a manipulação histórica.
António Cabral (AC)
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