sábado, 18 de maio de 2019

OS PARVOS
Ao que julgo saber, antes do 25 de Abril, a maçonaria foi controlada, ou reprimida, ou talvez quase calada.
Depois do 25 de Abril, temos tido, na minha opinião naturalmente, um conjunto de situações que, para os meus padrões, pouco abonam essa sociedade secreta. Continua secreta, ainda que sejam noticiados nos últimos anos tímidos sinais de abertura.
Como se costuma dizer, em tribunal não o conseguiria provar, mas creio bem que nos últimos anos muita da porcaria que inunda a sociedade portuguesa é bem capaz de ter por trás gentinha ligada à maçonaria, bem como a outras organizações que pouco gostam da luz do dia, muitos outros grupos, grupelhos, seitas.
Estou em crer que nos últimos anos abundaram as jogadas por baixo da mesa, os grupos de amiguinhos, minorias várias mas muito militantes que, como sempre, são servidas para todas as  tarefas por um alargado conjunto de imbecis que executam as ordens sem perceber nada de nada da realidade concreta.
Um exército basicamente de parvos.
Temos por aí, católicos, ex-católicos, comunistas, ex-comunistas, esquerdalhos virados direitolas, maçónicos e anti-maçónicos, populistas de meia tigela, democratas fabricados à pressa, infiltrados no pós 1975/ 25 Novembro em muitas instituições universidades e máquina do estado. 
Uma das áreas onde me parece que tudo é mais grave é no sistema de justiça. 
Que tem tentáculos por todo o lado, e designadamente dentro da máquina do Estado com incidência particular dentro do fisco.
Uma beleza. 
Por isso os megaprocessos, e a legislação facilitadora, e o Estado e a sociedade sempre prejudicados.
Mas depois temos os farsolas indignados na actualidade, com a podridão do sistema, do regime. Nunca tiveram nada a ver com nada, CLARO!!!!
Eles fingem que nunca aconteceu. 
O quê? 
As festas nas ilhas maravilhosas, as férias nos iates dos amigalhaços, os mesmos lugares e camarotes para assistir a torneios vários, as passagens de ano em sítios paradisíacos, os diplomas obtidos em turbo-tempo, as senhas só de presença para não abrirem a boca, as "inside information" nas  autarquias ou nos negócios do Estado ou no fisco, as acções compradas mas que não estavam em bolsa, os super-garantismos laboriosamente tecidos, a escassez de meios sobretudo humanos para dificultar ou mesmo esquecer as inspeções ao mundo laboral e empresarial, o regabofe dos dinheiros Europeus escorrendo mais que areia entre dedos, a legislação tecida nos escritórios, a comunicação social domesticada, um etc infindável.
Nunca souberem de nada, de nada desconfiaram, nunca com a canalha conviveram, para nada contribuíram. Têm lugar garantido no Céu.
O maravilhoso Portugal, do Sol, e praias, e vinho, e comida.
O Portugal dos amigalhaços, dos laços familiares e outros.
Que bom.
Que parvos são a maioria dos Portugueses, que adoram ser anestesiados com o futebol, as telenovelas, as comendas, as selfies.
AC


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