quarta-feira, 29 de maio de 2019

Marcelo e Tancos
Ah, .......e alguns pândegos, e....... alguns militares
Há dias li online comentários/ notícias relativas ás últimas cenas na AR a propósito de TANCOS. E concretamente acerca das respostas escritas do actual PM.
Várias conclusões possíveis.
- entre gabinetes ministeriais/ governamentais, parece ser normal em assessores e chefes de gabinete, aceitarem e partilharem e encaminharem, sempre sem qualquer registo formal administrativo,  documentos apócrifos, sem assinatura, sem data, sem carimbos, etc.
Não há um jornalista que corajosamente diga - que pouca vergonha é esta? Mas acham que somos todos estúpidos?
- alguns documentos relacionados com um dado evento chegam ao PM meses depois (ou muito mais) do acontecimento; também terá sido assim quando dos incêndios?
- o que escreveu o PM em resposta à AR parece que bate certinho, mas mesmo 100%  certinho vejam lá, com as declarações de generais e chefes de gabinete. Discrepâncias ZERO, não é giro?
Assim é que é bonito, assim é que se defende a lisura de procedimentos, a transparência, e se protege o PM.
O mesmo PM, o mesmo político de sempre que trata como se sabe as Forças Armadas, a mesma criatura que, parece poder concluir-se,  os militares protegem. Assim é que é bonito.
Talvez daqui a uns tempos até o convidem para apresentar mais uma obra escrita de algum general ou almirante, como parece continuar a ser moda. 
É tão curioso ver alguns a zurzir e bem nos que ofendem desprezam vilipendiam as Forças Armadas, e ver depois convidá-los para certos eventos. Enfim, passivos no activo, activos na reforma.

Quanto a Marcelo:
Que logo depois de Tancos saltou até lá, perorou, perorou, perorou, perorou, perorou, e em dada altura até António Costa lhe  recomendou calma, estará agora a pensar no assunto, a sério?
Agora que tudo certamente vai ficar sem culpados nenhuns (excepto mais algum tarata), se calhar a legislatura vai mesmo acabar com certa gentalha a rir de tudo isto.
Azeredo Lopes demitiu-se, se percebi bem, logo depois de António Costa lhe mostrar um papelinho, papelinho que António Costa ficou perfeitamente convencido que Azeredo nunca vira, o tal papelinho. Adorável. E Marcelo calado.
O general que era chefe do Exército demitiu-se cinco dias depois de Azeredo ser despedido. Que lhe terá dito o sr Cravinho júnior?
E Marcelo calado.
Marcelo calado também, a assistir a movimentações de generais que foram ouvidos na AR. Claro que a gestão é do governo, e é também gestão militar. Claro.
Depois de ler sobre as declarações escritas de António Costa remetidas à CPI da AR, lembrei-me que este senhor, tempos atrás tinha vociferado (é o termo, tal foi então o tom empregue) - “Ainda havemos de saber o que cada um sabia sobre esta história de Tancos”. Ele pelos vistos nunca soube de nada. Talvez os amigos que lhe sopram - Toni, isto foi tudo uma farsa, o Passos Coelho está por trás da coisa. Não, esses também não.
Ah, e Tancos nunca teve problemas de redes e etc, NUNCA.
Tudo inventado. E Marcelo calado.

TANCOS ?
O que é isso?
hum....Tancos.......ninguém sabe nada, ninguém comunicou nada fosse verbalmente, cara a cara, ou sussurrado ao ouvido, ou sms, por documento com hieróglifos,......Tancos, ...hum.....isso é alguma marca de carro nova? E Marcelo calado.

No meio disto tudo o Ministério Público, investigará?
Ou já percebeu que este processo é mais um dos imensos, daqueles  que é para deixar morrer? A legislatura irá acabar e Marcelo calado.

Claro que Tancos também pode ter sido uma grande trama para tentar derrubar a geringonça. Certo.
É o que lojas e escritórios e grupelhos, e amigalhaços de certos clubes apontaram, certo? 

Marcelo é, Presidente da República, chefe de Estado, comandante supremo das Forças Armadas. Só..........
Ah, ....e, constitucionalmente, é o garante do funcionamento das instituições. Certo.
Ou, afinal,  é outra coisa ?
Quando por exemplo uma vez disse publicamente - parece que uma acusação estaria por dias - isso queria dizer o quê, saberia o quê, ou era mais um soundbyte patético?

Desgraçado País.
AC

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