segunda-feira, 29 de julho de 2019

DIPLOMACIA, DIPLOMATAS, POLÍTICA EXTERNA, PROTOCOLO  e..... VAIDADES
Por razões familiares e, depois, mais tarde, por razões de carreira, cedo me interessei por política, pelas questões das sociedades, e no meio de muita coisa mais, tive a felicidade de conhecer diplomatas nacionais e estrangeiros mas, sobretudo, tive a felicidade de ter dois  diplomatas na família. Um, infelizmente, há muito falecido, partiu muito cedo. Outro, muito curvado já nos seus 86, mas lúcido que nem um alho.
Vem isto a propósito do que vou vendo por aí, anúncios de visitas, visitas, deslocações inusitadas (há sempre orçamento desde que quem paga não seja hostil), a nossa política externa, e também o que alguns dizem e escrevem.
Nesta coisa de diplomatas como aliás em todas as profissões, existem sempre histórias e histórias, umas correspondendo a realidades acontecidas, outras aumentadas, outras porventura roçando a mentira.
E há diplomatas e diplomatas. E, como em todas as carreiras e profissões, há bons profissionais e maus profissionais, e há vaidosos e mal educados.

Vem isto a propósito do que acima refiro mas, também, porque ao vasculhar documentação e recordações, veio-me à memória coisas gostosas e outras curiosas e outras caricatas.
Andava eu por exemplo pela Holanda  (1991-1992) quando um dos nossos representantes à época me contava coisas deliciosas.
Desde um Tuga sem jeito nenhum para política e coisas governamentais quanto mais europeias que, ido de Lisboa para mais uma reunião, a dada altura transmitiu que o seu "first-ministre"......
Ou desde o sujeito muito ufano de apresentar aos convivas "peixe em papelotes".
Ou do que embirrava com cisnes e gansos! ENFIM.

Mas, e aqui o meu ponto, nisto de diplomatas como aliás em todas as profissões, sempre me impressionou MAL aquele tipo de pessoa auto-convencido, sobranceiro na sua sabedoria (muitas vezes exagerada) e conhecimento de sítios finos, e que não se cansa de maçar outrem, presumindo que poucos sabem comer com talher de prata mas sobretudo desconhecendo para que serve cada um dos utensílios à volta dos pratos. ELE sabe.
Define bem a categoria de uma pessoa, por exemplo, a frase que rematou uma célebre/ clássica cena protocolar:
" Those who care, don't count, those who count don't care".
Andam por aí muitos vaidosos. O povo chama-lhes cagões. Coitados.
AC

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