MSGs de Natal e Msgs de ANO NOVO
Houve várias, não lhes ligo nenhuma.
Interessa-me a do Presidente da República, de 1 de Janeiro de 2020.
Da mensagem dele retenho:
> Coragem dos que a tudo resistem para poderem ficar,
> Longe, porque ficaram à espera de reconhecimento por campanhas africanas que fizeram em homenagem a um dever nacional.
> Longe, porque vivem em pobreza ou em risco dela, e ainda são quase um em cada cinco portugueses, ou sofrem desigualdades e abusos
> Um novo ciclo que tem de ser de esperança mais do que de descrença ou desilusão.
> Em Portugal, esperança quer dizer Governo forte, concretizador e dialogante, para corresponder à vontade popular, que escolheu continuar o mesmo caminho mas sem maioria absoluta, oposição também forte e alternativa ao Governo, capacidade de entendimento entre partidos quando o interesse nacional o assim exija,
> Justiça respeitada, porque atempada e eficaz no combate à ilegalidade e à corrupção e, por isso, criadora de confiança,
> Forças Armadas por todos tratadas como efetivo símbolo de identidade nacional,
> Forças de Segurança apoiadas para serem garantes de autoridade democrática,
> comunicação social resistente à crise financeira que a vai corroendo,
> poder local penhor de maior coesão social,
> enfrentarmos chocantes manchas de pobreza, estrangulamentos na saúde, carências na habitação, urgências para com cuidadores informais e sem-abrigo.
> concentremo-nos, em 2020, na saúde, na segurança, na coesão e inclusão, no conhecimento e no investimento.
Palavras bonitas, no conteúdo, na substância, e também com muita espuma, para citar palavras de Marcelo quando chegou ao Corvo.
Forças Armadas tratadas como efectivo símbolo de identidade nacional, sim, palavras muito bonitas, sobretudo quando nada faz para obrigar o governo a olhar para a pouca vergonha que é militares dos quadros permanentes a pagar para saírem das Forças Armadas. Se pagam para sair, e pagam violentamente, isto deve ter alguma significado. Praças a sair das FA para a GNR passam a ganhar logo mais 200,00 a 250,00€ segundo a AOFA. Não sabe disto? Não tem casa militar?
Justiça respeitada, sim, mas como se altera a lentidão dos processos, como se corrige os excessos de garantismos tão bem forjados em Coimbra décadas atrás?
Forças de Segurança apoiadas, sim, e isso deve estar a ser conseguido com o atraso inacreditável nos concursos de admissão para suprir (e não vão suprir) as centenas de abates ao activo previsto a curto prazo.
Longe, porque ficaram à espera de reconhecimento por campanhas africanas, sim, e vão continuar à espera, ou não fossem sobretudo mas não só os socialistas a desprezarem os antigos combatentes.
Um novo ciclo que tem de ser de esperança mais do que de descrença ou desilusão, sim, absolutamente de acordo, mas não se vai lá só com pompa e circunstância, com demagogia, com centralização em Lisboa e Porto, com mergulhos no mar.
Muita espuma!
AC
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