JUSTIÇA EM TEMPOS DE INCERTEZA
Como já tinha referido, ando numa de olhar para várias coisas do passado recente via NET, agora que encetei um outro período daquilo que, convencionalmente, se chama “férias”.
Um reformado como eu, dizem uns quantos parvalhões, está sempre de férias. Adiante.
Este reformado, verdadeiro técnico superior de lazer, aqui no super sossego da aldeia anda ás voltas com questões pessoais, familiares, e entretém-se também a ler, caminhar, fotografar, petiscar, conviver, e a cogitar sobre o nosso presente.
Por exemplo, no passado dia 18 de Julho, o Expresso publicou um artigo da ministra da justiça subordinado ao tema supra.
Não sou jurista. Sou tão só um cidadão comum que não tolera que o tomem por parvo.
E depois de ler “aquilo” fiquei com a certeza de que aquela senhora me deve tomar por parvo, a mim e à esmagadora maioria dos portugueses.
Em síntese, a Sra D. Francisca deleita-se no seu texto, referindo banalidades e estatísticas e deleitando-se também com a digitalização e a modernização da justiça assim realçando que todo o seu trabalho sim, porque nem a pandemia a inibiu de trabalhar arduamente, todo o seu trabalho levam à concretização de um poderoso instrumento do acesso ao direito. LINDO.
Não falar de nada quanto a corrupção, de nada quanto a meios para a PJ por exemplo entre muitos outros assuntos complexos, são pintelhos, como dizia a criatura Eduardo Catroga.
Pela minha parte tenho dois casos concretos quanto a justiça, ao sistema de justiça à portuguesa, e bem elucidativos:
1º - relativamente a uma queixa que apresentei no início de Dezembro passado contra um energúmeno por ofensas verbais em público numa pastelaria, nada aconteceu até agora, o energúmeno continua por aí, mas ciente de quem sou e que portanto não me atemoriza;
2º - relativamente a um processo em que eu e muitos outros que anos atrás prestámos serviço na Europa e nos EUA e fomos defraudados nos vencimentos que deveríamos ter recebido e não recebemos, por causa de um pesporrente figurão de cabelo branco, está para decisão para aí já há quase 3 anos num juiz de um tribunal administrativo. Eloquente.
D. Francisca, pode continuar como até aqui. Escreva escreva, que a justiça melhora automaticamente.
AC
Se tentaste fazer alguma coisa e falhaste, estás em bem melhor posição que aqueles que nada ou pouco tentam fazer e alterar e são bem sucedidos. O diálogo é a ponte que liga duas margens. Para o mal triunfar basta que a maioria se cale. E nada nem ninguém me fará abandonar o direito ao Pensamento e à Palavra. Nem ideias são delitos nem as opiniões são crimes. Obrigado por me visitar
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