NÃO HÁ PONTAS SOLTAS
Nos filmes e na vida, algumas vezes quando não se percebem certos acontecimentos, certos desfechos, é habitual falar-se em "pontas soltas". Ora, com a "Súcia", não há pontas soltas. Tratam cuidadosamente dos rastos da porcaria em que se envolvem e da porcaria que directamente fazem.
Nos filmes e na vida, algumas vezes quando não se percebem certos acontecimentos, certos desfechos, é habitual falar-se em "pontas soltas". Ora, com a "Súcia", não há pontas soltas. Tratam cuidadosamente dos rastos da porcaria em que se envolvem e da porcaria que directamente fazem.
São sem fim os casos, há décadas.
Por exemplo, por estranhas razões (estranhas apenas para os "totós" e que são aos milhões) a que alguns chamaram "Raison d'Etat", o tristemente célebre caso Macau/ TDM/ EMAUDIO foi diligentemente apagado porque não era admissível que alguém tão límpido e escorreito estivesse ligado ás maiores pouca vergonhas. Percebe-se, bastando recordar quem esteve quase duas décadas no mesmo sítio. Sítio que continua, hoje em dia, convenientemente, a ser o buraco nauseabundo de sempre.
Depois, ao longo dos anos 80 e 90 do século passado, houve pessoas com tanta sorte ao jogo (totobola, totoloto, euromilhões) que, contrariamente ao que sucede com o comum dos mortais, por variadas vezes ganharam sucessivos "jackpots", ao ponto de terem acumulado mais que o suficiente para terem no final da vida um espólio enorme, em imobiliário, arte, e fiduciário, que o comum dos mortais nunca conseguiria acumular apenas com base nos legais e conhecidos vencimentos ao longo da vida.
Depois do PREC e sobretudo depois de 1982, houve a conveniência de ir albergando na loja e no regaço vários daqueles que no passado estiveram do lado certo da história de uns quantos, pois é sempre bom e importante e conveniente albergar os amigos, mais aqueles que fizeram favores, mais aqueles magros e gordos que sempre dizem "amém" mesmo quando os tutores fizeram e fazem coisas até bem piores do que outros a que e muito justamente se acusa e se atiram pedras. Aos da cor e da loja....boca calada. Sempre a velha máxima orientadora da "súcia" - aos amigos TUDO, aos inimigos NADA, aos outros aplique-se a lei!
Depois, também importante ter treinado em muito novinho certas coisas. Por exemplo, aprender com quem tinha /tem escritório e tem negócio que defende os da cor de então, que defende os da cor quando está a aprender, pois é preciso preparar geração seguinte para manter ligações e sempre defender os da cor, os do regaço e os da loja. E assim percebeu/ percebe que deve esperar com paciência para passar da locução fortuita a sucessivos cargos, aprendendo sempre com os da loja, que primeiro ocuparão os cargos que ele ocupará mais tarde, e alguns até já ocupou.
Depois, quando na caça, é importante sair a correr do sítio onde se está, quando os tiros começam a cair na sua zona. Foi o que fez, saiu a correr, a tempo. E como saiu a correr, rápido aprendeu que fazendo algumas coisas a correr talvez alguns e sobretudo o povo ignaro não se preocupem em saber como é possível, por exemplo, tirar licenciaturas como no tempo da velha farinha Amparo. Depois, bons encostos, bons amigos, loja bonita, e é trepar, trepar, trepar, sem se perceber bem (os da cor percebem bem e diligentemente ajudaram) tanto salto, anos e anos no mesmo sítio controlador.
Depois fez-se contacto, e fez-se sempre que foi necessário, nomeadamente para desobstruir sarilhos em que alguns amigos foram de repente apanhados. Fizeram-se e fazem-se os contactos sempre que necessário. E acerca de contactos, é sempre bom nomear amigalhaços para sucessivos cargos, políticos, judiciais, policiais, de investigação, pois isso que de certeza vai dar muito jeito mais tarde. E compensar uns quantos com cargos na "estranja". Semear ao longo de uns quantos anos para depois se colherem os frutos. Ah, e convém ter vários escribas e avençados quer no regaço quer na loja e nas agências diversas e, muito importante, vários daqueles que dão a noção de independentes e pluralistas, ás vezes quase adversários!
Depois, sempre que possível, acolher todos os fiéis que tenham familiares em postos e cargos diversos, e que sobretudo tenham ajudado no passado a safar negócios e investigações. Mas tudo sempre com muito cuidado, para não fazer como aquele correligionário do interior profundo que, quando o sogro morreu, descobriu-se que o defunto tinha garagens e andares em múltiplos prédios, postos em seu nome por razões óbvias, não é?!
Finalmente, usar a demagogia, a mentira, o conhecimento de certos passados, fingir que não se sabe de nada, culpar sempre os serviços e os que querem subir nas carreiras e, obviamente, mais as regras da democracia, as quais impedem que os da cor sejam demitidos, sejam enxovalhados ou, quando eventualmente o são, a coisa passa rapidamente. Aos que se dispõem a ser guilhotinados recompensá-los, sempre. Aos que se atreverem a mostrar dignidade, matar-lhes a carreira e o futuro. Nunca perdoar.
AC
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