MARCELO NO SEU PIOR
No passado dia 6 de Novembro, e com base a referências directas à Constituição da República Portuguesa (CRP), dei a minha opinião sobre o deplorável episódio Marcelo-Abrunhosa.
Ontem, 7 de Novembro, Vital Moreira também bate do seu colega constitucionalista. E diz o óbvio, pois está bem claro na CRP. Mas como eu referi no meu texto, Marcelo quer lá saber disso.
Vital Moreira ou está a fazer-se de ingénuo" ou outra coisa qualquer.
O que pretendo referir é que estou convencido que tudo continuará como até aqui, pois a Costa convém-lhe estas constantes parvoíces, porque o homem vai divertindo a bovinidade e Costa fazendo o que lhe apetece. E por isso nunca faltará gasolina para a frota de automóveis do Palácio de Belém nem para os Falcon, para que o homem esteja sempre entretido e o mais possível fora.
Costa, estou em crer, e contrariamente ao recomendado por Vital Moreira, não atalhará a vergonhosa subversão do sistema de governo constitucionalmente estabelecido.
Já agora, se Vital Moreira mantém os laços que refere, porque não lhe telefona e lhe diz: "olha lá, já não estás no tempo em que te atiravas ao Tejo, vê lá se tomas juízo".
António Cabral (AC)
SEGUNDA-FEIRA, 7 DE NOVEMBRO DE 2022
O que o Presidente não deve fazer (33): Pior do mesmo
1. Para além de formulada em termos despropositados, a advertência do Presidente da República à ministra da Coesão Territorial, padece de dois graves vícios institucionais: (i) dá a entender que o Governo é politicamente responsável perante o Presidente pela condução dos negócios públicos; (ii) ignora que o único intelocutor governamental de Belém é o Primeiro-Ministro, e não os ministros, que só respondem perante o chefe do Governo.
Em qualquer deste aspetos, MRS ultrapassou as suas próprias marcas anteriores.
2. Perante este reiterado desrespeito do Presidente pelas normas constitucionais que regem as suas relações com o Governo, penso que o Primeiro-Ministro deveria tomar duas medidas elementares de defesa da autonomia política e institucional do Governo: (i) vedar aos ministros qualquer contacto bilateral com Belém; (ii) deixar de envolver o Presidente em inaugurações ou eventos governamentais em que não esteja o Primeiro-Ministro.
Vai sendo tempo de atalhar a esta progressiva subversão do sistema de governo constitucionalmente estabelecido.
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