domingo, 20 de agosto de 2023

 GUINÉ,  1972

. . . . . . 

Um dia, um oficial muito peculiar, com alcunha ligada a nomenclatura da nobreza, vai a despacho ao 2º comandante para, entre outras coisas, ver se era aprovada por ele uma nova norma no âmbito dos recursos humanos, área de que o oficial era o responsável directo perante o comando. 

O 2º comandante era um homem de escassas palavras, muito assertivo e directo, um bocado rude, de alcunha "o cabeça silenciosa", se a memória não me falha.

De pé, diante da secretária do 2º comandante, o dito oficial esperava que o seu superior terminasse a leitura do projecto.

- Quem fez isto?

- Ah, foi a minha secretária . . . .

- Não, quero saber quem é o autor disto . . . .

- Ah, o autor sou eu senhor comandante . . . .

- Está uma porcaria, saia e trate de melhorar isto . . . .

. . . . .


Situações actuais recordaram-me esta cena, a que não assisti.

AC

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