segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

CULTURA.  PINTURA
Na "ditosa Pátria Lusitana" a cultura, nas suas diversas expressões, umas vezes tem levado uns pontapés, outras vezes nem lhe têm ligado, outras ainda surgem uns arroubos - "atenção à cultura" - "agora é que é, tem ministério".

Vem isto a propósito de uma das suas expressões, a pintura.

Se Vieira da Silva, Paula Rego, Menez e outros, são grandes expoentes da nossa pintura, outros nomes existem e existiram, muitas vezes desconhecidos da maioria dos concidadãos. Algumas vezes até, mesmo desprezados nas suas terras e, porque não dizê-lo, algumas vezes desprezados por certos autarcas.

Pela mão de um bom amigo tomei um dia conhecimento da existência de um desses nomes.
Mestre José Manuel Soares, um pintor que ao longo da sua vida retratou factos da nossa história ou, culturais, sociais e também paisagísticos. 
Nascido em 1932, natural de S. Teotónio, Odemira, José Manuel Soares fez a penúltima exposição da sua vida na aldeia de Monsanto com quadros com motivos exclusivos da aldeia.

Como bem lembrado neste livro que voltei a reler no Sábado passado e de que mostro a capa - "um pintor sobrevive à sua época porque a representa de uma maneira tão típica que chama à atenção e suscita a admiração da posteridade".

José Manuel Soares vendeu muitos quadros ao longo da sua vida, havendo portanto muitas obras suas em mãos privadas.
Mas tinha um espólio enorme em seu poder.

Esse espólio está praticamente todo em Pinhel. 
Ainda bem, já que outros o não quiseram acolher.
Anexo três exemplos dos quadros que o livro acima mostra.

Além de José Manuel Soares, quantos mais houve como ele, quantos mais existirão por aí, fora dos circuitos das grandes galerias?
AC

- uma interpretação de Afonso Henriques, a torre sineira de Odemira, e uma perspectiva no Bairro Alto

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