O presidente da Associação 25 de Abril, Coronel Vasco Lourenço, acusou mais uma vez o Estado de não respeitar as Forças Armadas e de contribuir para a destruição daquela que considera que devia ser vista como uma instituição basilar.
Vasco Lourenço como muitos outros, teima em falar em Estado em vez de dizer claramente os titulares dos órgãos de soberania.
"O prestígio das Forças Armadas, embora bastante razoável junto da população portuguesa, não merece grande atenção junto do Estado", afirmou Vasco Lourenço, acrescentando que "apesar das inúmeras declarações de louvor proferidas pelos membros do poder político, tudo parece cheirar a hipocrisia".
Vasco Lourenço discursava na sessão comemorativa dos 50 anos da reunião conspirativa de Óbidos, em que então membro do Movimento dos Capitães, que levou a cabo a revolução de 25 de Abril, foi moderador, do encontro em que participaram mais de 180 militares.
O presidente da Associação 25 de Abril deixou claro que nem ele, nem os seus "camaradas militares" acreditam que "os agentes do poder político considerem importantes ou precisas as Forças Armadas e tenham por elas o respeito que apregoam".
Se respeitassem as Forças Armadas, "apesar de alguns bons progressos positivos que se vêm verificando, teriam muito mais cuidado com elas e não estariam a conduzir, desde há muito, a sua quase destruição", sustentou.
Lembrando que o país não vive em ditadura, como em 1973, quando os capitães conspiraram contra o regime, Vasco Lourenço vincou que "os militares já demonstraram defender os valores de Abril e que não há o perigo do nova utilização da força contra o poder".
Contudo, concluiu, há ainda a necessidade de "proclamar bem alto: o poder político tem o dever de respeitar e proteger as suas Forças Armadas, como instituição basilar que são de um Estado democrático".
Questionado à margem da sessão sobre as críticas de Vasco Lourenço, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reafirmou o elogio anteriormente proferido durante o seu discurso, de que as Forças Armadas portuguesas "tem um grande prestígio no mundo, têm realmente missões únicas lá fora e são mioto admiradas por todos".
"Proporcionar aos militares e ao papel que desempenham os meios necessários para o fazerem" é um desafio constante, porque também aí a democracia e o espírito do 25 de Abril não se podem perder", concluiu o Presidente.
Interessante!
Acrescento, se de antes já havia muitos indícios preocupantes, nestes últimos oito anos (8) tem sido um fartar vilanagem.
8 anos de governos de esquerda!
A direita já tinha feito das "boas", algumas INQUALIFICÁVEIS, mas agora os oito anos de esquerda explicaram definitivamente.
A minha sensação é de que Vasco Lourenço e muitos outros não tomaram atenção, por exemplo, às declarações relativamente recentes do último presidente da comissão parlamentar de defesa Perestelo de seu nome, e que já foi responsável na área do chamado ministério da defesa nacional.
Quanto ao tagarela, as suas palavras valem ZERO como o demonstram, a vacuidade das reuniões do CSDN, o entreter com medalhas todos os chefes militares cessantes, como as vacuidades de muitos dos seus discursos, o medalhar constante de tudo o que mexa, o "carinho" devotado por exemplo ao Arsenal do Alfeite que visitou há não sei quantos anos enquanto visitou o ISN várias vezes, etc.
Um desafio constante é alinhar as vacuidades que muitos deitam cá para fora com as suas acções concretas.
O tagarela deve estar muito satisfeito com o aumento de 70 Euros anunciada pela tal que era a mais bem preparada de sempre para o cargo.
O estado das Forças Armadas é bem exemplificativo do legado de Costa que agora tantos elogiam.
O estado quase comatoso das Forças Armadas deviam corar de vergonha todos aqueles que a esta gente se encostou ao longo de anos e anos, e teimou em desqualificar os que sempre se insurgiram contra a destruição lenta e inexorável da instituição militar, e teimou em não perceber o que iria acontecer.
Há décadas que sei que os agentes do poder político não consideram importantes ou precisas as Forças Armadas e não têm por elas o respeito que apregoam nos discursos.
Concretamente os titulares dos sucessivos órgãos de soberania e especificamente os ditos mais altos, os governantes e vários dos sucessivos deputados.
Nada que alguns não dissessem, sem tibiezas, logo desde 1991, apontando o que PSD e PS estavam gradualmente a concretizar e onde o PS ainda mais se especializou.
Agora bramam que o poder político tem deveres.
Como diz o povo, tarde piaste!
António Cabral (AC)
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