segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

A Propósito de Temas de Que Não Falam(4)
Que elefantes estão nas salas?

Nesta dita pre-campanha para as eleições a 10 de Março próximo
os palradores fogem como diabo da cruz de imensos temas, de imensos assuntos que continuam por resolver no Portugal democrático.

Que soluções para, a prazo (pois não há milagres), os actores políticos da nossa praça se propõem adoptar por exemplo para esta área, a defesa nacional e, muito concretamente, para as Forças Armadas (FA) que são apenas o pilar militar da defesa nacional

As FA não são a "defesa nacional", por muito que nas últimas décadas quase todos os (i) responsáveis venham instilando essa ideia na Tugolândia.
Lembrando-me de Pedro Nuno Santos e a sua pergunta - o que é que não funciona?, o funcionamento do sector FA deixa muito a desejar.

Neste quarto texto, a que se seguirão outros sobre "esquecidos temas" de que a maltosa palradora foge como diabo da cruz, umas palavras então sobre isto.

SOBERANIA. DEFESA NACIONAL.
CRP. PORTUGUESES. PARTIDOS. FORÇAS ARMADAS.
Admito distração até porque não vi os ditos debates e quase nada dos debates entre os que debatem os debates! Mas creio que o tema que abordo anda invisível, esquecido, ou como de costume, desprezado.

Com entoação diferente, tocam todos os palradores na melhoria da vida das pessoas, mais impostos ou não, habitação, salários, saúde, a escola pública, etc. O costume. Falar do que continua a não estar "arrumado, definido" no Portugal contemporâneo, sem império, é que não convém nada. Porque implica analisar os custos, a organização, a política externa.

Estão quase passados 50 anos sobre a revolta militar de 25 de Abril de 1974 e Portugal continua a não ter definido de que FA o país deve estar dotado.

Como disse no primeiro texto desta série, darei a minha opinião sempre que entender, discutível naturalmente, a respeitar, como respeito SEMPRE as opiniões de outrem, quer com elas concorde ou discorde. Vou continuar a lembrar temas esquecidos.
Esta a minha muito resumida opinião sobre Forças Armadas, porque sobre elas e sobre o que os titulares dos órgãos de soberania têm feito desde 1974/ 1976/ 1982 há muito mais e detalhadamente a dizer e a ponderar.

A esquerda alinha sempre no pacifismo, antibelicismo. 
Sobretudo o PS, depois de começar a governar em 1995, paulatinamente foi desorçamentando as FA. Nada de reformas, estrangulamento financeiro.
 
Quanto à direita civilizada dos últimos anos também quanto a reformas tratou de continuar o que em 1995 foi inaugurado por Guterres e Vitorino. 
Reformas, o hífen achou pomposo falar de reforma 2020 ou coisa parecida. Nulidade absoluta.
Os anos passaram, e uma continuada irrelevância política associada a um desinvestimento crónico na Defesa, foi a tónica de todos. Mas sempre sendo os nossos os melhores do mundo.

Em 1982 revisão profunda da Constituição, a que se seguiu a lei de defesa nacional em Dezembro desse ano. Passou a existir ministério da defesa nacional, ministro, com um ministério quase deserto.
Só com Cavaco Silva e Fernando Nogueira começaram a colocar a "coisa nos eixos". Redução de efectivos, lei de programação militar, etc.
Mas reformas a sério. . . .que FA deve Portugal ter . . .  Népia!

Resultados à vista.
Culpados? PSD e sobretudo PS, não estando nenhum deputado de todos os partidos que foram passando na AR isento de responsabilidades no caos actual.

Mas tenciono falar deste tema em texto separado.

Saúde. E tenham muita pachorra!
António Cabral
(continua)

Ps: acabam de me dizer que nos debates na rádio alguém terá aflorado o tema. Desconheço.

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