segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

PERIGOSIDADE
Antes da perigosidade falemos de vencimento base, subsídios alcavalas, etc. Convém tentar ser rigoroso.

Para começar, recordar que à PJ foi atribuído um dado valor para o risco o que, creio, não é aparente é real, consubstancia um diferencial muito grande entre o que no final do mês recebe cada elemento das instituições em causa, PSP, GNR, PJ.  

Mas antes de tudo, recordar que as competências são diversas e diferentes. Mas que, no desempenho das respectivas funções há riscos para os elementos das três, é por demais evidente. Mas tal como há mar e mar há riscos e riscos.

Quantificar o grau de risco para cada é difícil.
Estarei a ver mal o assunto se disser:
- quando a PSP ou a GNR são chamadas a alguma zaragata, assalto, etc., em regra os meliantes já desapareceram quando lá chegam os agentes,
- há contudo algumas situações em que, quer PSP quer GNR quando montam determinadas operações na sequência de trabalho de investigação, vão a determinados locais fortemente armados, em várias carrinhas, e nestes casos, podem ter de enfrentar violência / tiros,
- os agentes da PJ em regra vão a determinados locais sem aparato especial, e podem sempre encontrar resistência armada. Chegam sem avisar. Se certa maneira, poderá dizer-se que os da PJ, em regra, enfrentam potencialmente mais vezes situações de oposição armada.

Há portanto perspectivas várias quanto ao risco. Creio que mais na PJ que na PSP ou GNR é maior a probabilidade de enfrentar oposição armada. Mas voltemos aos Euros no final do mês.

O vencimento mensal bruto na PSP e na GNR estão oficialmente estabelecidos para cada posto.
Tal como para a PJ.

Quanto à PSP e à GNR, se não estou enganado, há muitas semelhanças pecuniárias, há escassas diferenças.

Creio que está em vigor:
- um suplemento de risco = a 20% do vencimento mais 100 €,
- um suplemento especial de serviço,
- um suplemento quando em patrulha, 
- um suplemento de turno e escala,
- um suplemento quando de prevenção, 
- um suplemento de residência, 
- um suplemento para fardamento, 
- um suplemento de comando.

Depois, como é sabido e particularmente na PSP, existem serviços a entidades diversas, que são pagas.
Qual é a carga desses serviços? 
Que regime, que escala para isso?
Como são e quem são os escolhidos? Quanto recebem?

Aquilo a que assistimos agora, parece-me, é uns quantos dissonantes dos sindicatos e da tal plataforma não quererem parar as manifestações de revolta, enquanto a maioria não ligada a movimento inorgânico pretende pausa até haver novo governo.

E é evidente que, como a nossa história democrática demonstra, nenhum governo com raríssimas excepções, resolveu alguma coisa sem ter sido bem pressionado na rua.

Acção/ coação/ pressão nas ruas = decisão/ acção governativa.

Como referi antes, as baixas legais e as outras que de certeza existiram, os médicos que a isso acederam, as auto baixas, os inquéritos, as investigações, as responsabilidades, as consequências, as alterações orgânicas na GNR e na PSP, nada se vai apurar, nada os cidadão comum verá esclarecido na luz do dia.
Há-de passar o tempo e NADA.
Entrará novo governo e veremos.

Aposto que nada sobre euros e encargos no OE será apurado. NADA será publicamente explicado, Do lado dos polícias, eles mesmos, também não haverá muito que esperar.

É como estamos, mas admito estar enganado, a ser injusto. 
Vamos aguardar como as coisas se desenvolverão.
António Cabral

Sem comentários:

Enviar um comentário