Vem isto a propósito de coerência, de energia limpa, de negócios, de Ministério Público, de ambientalistas, de verdes e de outras cores, etc.
Lê-se por aí que a dita maior central solar da Europa foi travada pela Justiça. O sempre omnipotente e poderoso Ministério Público impugnou em tribunal a licença dada pela Agência Portuguesa do Ambiente para o projeto da Iberdrola em parceria com a Prosolia.
Lê-se, também, que o Ministério Público acredita que este projecto passou por cima de "regimes jurídicos de proteção de recursos naturais", pelo que impugnou o aval que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha dado ao projeto.
Parece que foram "feridos" instrumentos de gestão territorial e de regimes jurídicos de protecção de recursos naturais.
Parece que antes disto houve pareceres negativos de várias entidades, como o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia etc.
Parece haver também a suspeita que o projecto seria para alimentar o famoso centro da investigação em Sines que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa.
Admito que tenha havido alguma marosca aqui e ali.
Mas o que acho delicioso neste processo e impugnação é, pareceu-me, haver sobretudo oposição ao abate de milhares de eucaliptos.
Mas, o eucalipto não é para abater o mais possível, sempre que se possa?
Pois, independentemente de maroscas, sobressai a coerência de certos meninos.
Ou estou enganado?
Se estou, darei a mão à palmatória, não temo errar pois, como Bento de Jesus Caraça, estou sempre pronto a corrigir-me.
E assim continuamos neste canteiro à beira mar plantado, com eucaliptos que devem ser abatidos já pois secam tudo, e com milhares e milhares de eucaliptos que devem sr preservados, salvados do serrote!
AC
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