Bem vê, eu, nas minhas diversas e diárias correrias de microfone para microfone, de câmara de televisão para câmara de televisão, de inauguração para inauguração, e no meio dos meus trabalhos insanos de, barbeiro, calceteiro, provador de ginjinha, provador de batatas fritas, de instrutor de fotografia com telemóvel, além de debitar as habituais vacuidades, não posso ficar, e nunca fico, indiferente aos pedidos que me fazem, seja para "selfies", ou para indicar as melhores praias para estrear calções de banho, seja para o que for e nomeadamente no âmbito do SNS, como sabem.
Nunca fico indiferente às afirmações de um qualquer rural e, contrariamente a muitos que inauguram o ano com mergulhos na praia de Carcavelos, eu adoro e prefiro as ondas do Guincho para isso, mas ainda mais prefiro um bom almoço de comida indiana logo no início do ano. Foi o que fiz e me ajudou a pensar nos últimos pedidos.
Bem vê, e como certamente sabe, chegam-me diversos pedidos, do Brasil, de Portugal, de todo o lado, sobre tudo, sobre muitas coisas da nossa vida colectiva. Pedidos até para visitas ao estrangeiro, agora em 2025 tenho que fazer várias, já começo a ter a agenda composta, mas vou ver se convenço mais alguns que ainda o não fizeram, a convidar-me.
A percepção que eu tenho dos problemas sobre os quais me chegam os mais variados pedidos é a minha, e admito, que possa ser diferente da percepção de outros, quer de quem me faz os pedidos quer de quem sabe dos pedidos.
Ora, bem vê, se sabem dos pedidos, venham eles do Brasil ou de outras partes do mundo, eu não posso ficar indiferente. Não fico.
E por isso, dentro das minhas competências Constitucionais, dentro dos meus poderes, eu não fico indiferente como creio já ter dito, quer a pedidos por mail, por telefone, verbais, ou por carta.
E qualquer pedido fica registado na Casa Civil ou na Casa Militar consoante os assuntos. Tudo mas tudo. Eu não fico indiferente a nenhum pedido, como creio já ter referido. Até mesmo se fosse um pedido de um familiar meu.
Ora bem vê, compreenderá estou certo, pedido que me chegue por mail, ou por carta seja ela aberta seja fechada e lacrada, eu reencaminho sempre, por escrito, e pela via correcta, esses pedidos.
Se é um assunto para o governo vai para o governo.
Se é um assunto de autarquia vai para autarquia.
Se é um assunto de solidariedade social vai para IPSS.
Se é um assunto de trânsito vai para a GNR.
Se é um assunto de aeroportos vai para a ANA.
Se é um assunto do Parlamento vai para o Parlamento.
Se é assunto de comunicação social nada mais apropriado do que remeter ao Balsemão ou à Ângela.
Se é assunto de proteção civil vai para a proteção civil.
Se é assunto de fogos e florestas vai para os bombeiros.
Se é sobre crimes vai para a Polícia Judiciária.
E por aí fora.
Pergunta-me, e se for assunto sobre o Conselho de Estado?
Bem, depende, se o pedido chegar por escrito, mando logo remeter por carta para todos os conselheiros, como é óbvio, para cada um deles (os meus conselheiros) me dizerem o que entenderem por conveniente. Bem vê, não quero alterar a convocação regular do Conselho de Estado que tenho programado, até porque os convites a estrangeiros para virem cá assistir às nossas reuniões está calendarizada, difícil de alterar.
Se for um pedido para Conselho de Estado, formulado numa conferência de imprensa, numa entrevista para OCS ou seja, se o pedido que me chegar for por via oral, aí mando que tragam a lista com os números de telemóvel de todos os meus conselheiros e telefono eu próprio a informá-los do pedido, para eles mais tarde me telefonarem a dizer ou não o que entenderem por conveniente.
Não desvalorizo pedido nenhum.
Ah . . . . pergunta-me, se o pedido tiver contornos de duvidosa constitucionalidade?
É fácil e rápido, eu resolvo!
António Cabral (AC)
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