NÃO, NÃO FICA!
Creio que este título resume bem o que muitos dizem de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República.
Quando me debruço sobre este meu concidadão há mais de nove anos eleito Presidente da República, vem-me sempre à memória, a história da rã e o lacrau, mais o comentador de tudo e mais alguma coisa, o interventor muitas vezes a despropósito, o sim não mas talvez.
Também me vem à cabeça, a sua cultura, capacidade intelectual, inteligência, argúcia, inconstância, inconsequência.
Naturalmente que ficará na história. É um dos Presidentes da República Portuguesa (PR).
Estão todos na história de Portugal, todos os PR, reis, nobres vários, certos militares, caravelistas, descobridores, Primeiro-ministros (PM) Salazar e Caetano incluídos, escritores, poetas, cientistas, professores, historiadores, embaixadores, desportistas, etc.
Estão todos na nossa história, como representaram Portugal, pelo que fizeram por Portugal, pelo que não fizeram e podiam ter feito, porque desgraçaram Portugal.
Sobre cada um se disse e escreveu muita coisa.
Sobre cada um ficou na história e para sempre o que fizeram, para o bem e para o mal da sociedade nacional, e até para o mundo.
Pelo menos três homens conhecem muito bem Marcelo Rebelo de Sousa: Pinto Balsemão, José Miguel Júdice e Santana Lopes.
Numa recente entrevista Júdice retratou bem o político, e Presidente, o cidadão Marcelo Rebelo de Sousa.
O que conheço eu de Marcelo Rebelo de Sousa?
O que é público.
Mas, também, alguns breves episódios da vida, pois Portugal é pequeno.
Conheço o episódio que em tempos aqui relatei, sobre a sua subida a um andar perto do Palácio de Belém, depois de uma janela ter sido cumprimentado quando depois de jantar passeava na rua comendo um gelado.
Conheço o episódio em que entrou num conhecido hotel em Cascais com o traje e raquete de tenista para cumprimentar uma aniversariante amiga, também grande amiga da minha mulher que estava no lanche da aniversariante.
Conheço o episódio no MEO Arena em que, para espanto de muitos, veio cumprimentar quem me é muitíssimo próximo. E fico por aqui.
Já o escrevi no passado, uma vez com excesso de linguagem que corrigi e dei a mão à palmatória, votei em Marcelo na eleição em que ganhou o primeiro mandato. Apreciei o que disse na campanha eleitoral. Votei branco na eleição em que ganhou o 2º mandato.
Votei assim porque tinha esperanças, que se confirmaram no primeiro mandato. Designadamente porque reaproximou os portugueses das instituições do Estado. É a minha opinião.
Votei assim, branco, para o segundo mandato pois considero que no último ano do primeiro mandato começou a apalhaçar a função, a destruir o crédito justamente granjeado nos primeiros 4 anos de exercício de funções.
O segundo mandato confirmou plenamente o meu juízo sobre ele. E Portugal está a sofrer em boa parte pela inarrável aliança que fez com António Costa. Adicionalmente, considero que estilhaçou um dos maiores e importantes poderes do PR, o poder da palavra, que deve ser usada com moderação.
É a minha opinião, naturalmente, discutível como todas, mas a respeitar.
Tenham um bom dia, um bom feriado, saúde e boa sorte.
António Cabral (AC)
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