António José Seguro
Seguro apresentou a sua candidatura a Belém e logo frisou que "não é partidária nem nunca será".
Nas Caldas, o "povinho" abarrotava dentro do centro de congressos.
Como é comum, Seguro leu pelo teleponto.
Como sou muito distraído, não dei conta do mesmo tipo de remoques que surgiram contra Gouveia e Melo por recorrer a esta modernice.
Como escrevi antes, o meu prognóstico reservo-o para o dia seguinte ao Domingo das eleições em Janeiro próximo, à boa maneira de um conhecido futebolista nortenho.
Como escrevi antes, o meu prognóstico reservo-o para o dia seguinte ao Domingo das eleições em Janeiro próximo, à boa maneira de um conhecido futebolista nortenho.
Mas fiquei convencido de que poderei ter assistido a um discurso do sucessor de Marcelo. Teremos de aguardar.
Enquanto no sossego da casa na aldeia escrevi logo as minhas muito breves e primeiras superficiais impressões sobre o discurso, logo durante o tempo em que Seguro "botava" faladura. Olhava o televisor e escrevia no portátil.
Seguro fez várias observações, chamou-lhes as suas linhas orientadoras. Sobre isso, algumas linhas breves agora que regressado da aldeia.
Está longe dos "joguinhos de poder", disse. Do que conheço, aceito a frase.
Gostei de lhe ouvir que revisão constitucional não é prioritária neste momento, e que o chumbo de um Orçamento do Estado não é motivo automático para a dissolução da Assembleia da República. E fez ainda melhor, chamou à atenção para o facto de andarmos de eleições em eleições, por culpa maioritária (digo eu) de Marcelo (não explicitou Marcelo).
Em meu entender fez bem em frisar os valores da "liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade". Porque, designadamente a seriedade, é um dos valores que eu, como cidadão comum, entendo que há muito anda afastada do jogo político, da vida pública. Como sempre, admito estar a ver mal as coisas.
Tem uma meta, "fazer de Portugal um país justo e de excelência". Bom, a CRP já aponta para a a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Era preciso de facto passar à prática.
Essa treta (desculpará Seguro) da excelência muito usada nos discursos dá no que está á vista, de Marcelo a outros dos vários partidos.
Teve uns remoques claros, directos, educados, para Gouveia e Melo e Marques Mendes. Bem aplicados, creio!
Se vier a ser eleito, espero bem que não seja um papagaio, e que escute de facto antes de falar. Ponderado e não um alucinado. E pergunte e aperte com os governos, no silêncio do Palácio de Belém que é onde primeiro deve tratar os assuntos, e não venha a fazer como Marcelo, recados para os jornais e TV sobretudo através da sua conhecida jornalista querida.
Disse-se preparado, conhecedor, considera-se bom árbitro, lutará por criação de riqueza e redução da pobreza. Aguardemos.
Não deixou de recordar todos os temas que da esquerda à direita estão em cima da mesa quanto à envolvente externa, não deixou de referir alguns ídolos, lembrou Torga.
Pareceu-me claro que rejeita a política da mão estendida à Europa, e afirmou que a sociedade está a nivelar por baixo. Absolutamente de acordo.
Correndo o risco de estar equivocado, tenho-o na conta de pessoa séria, com idoneidade, com experiência política, e não o tenho na conta de predestinado.
Mas acho curioso lá porque esteve afastado 10 anos vir dizer que não vem da política. Não vem é da politiquice mais ordinária.
Termino olhando a dois aspectos da sua intervenção: a definição de um rumo para o país, e a questão das forças armadas e neste âmbito o papel do Presidente da República na sua vertente cumulativa/ por inerência de Comandante Supremo das Forças Armadas (CSFA).
Começando pelo segundo aspecto, o de CSFA, a realidade tem mostrado um papagaio a periodicamente considerar-nos que somos os melhores dos melhores. Hei-de voltar a isto em texto separado.
O actual Presidente da República tem sido um CSFA mais para um eficaz Comandante Superficial das Forças Armadas.
Salvo melhor opinião, os comentários que foi fazendo ao longo do tempo sobre, carreiras, estatuto e vencimentos de militares, orçamentos do ministério dito da defesa nacional, Arsenal do Alfeite (que raramente visitou enquanto que aos Socorros a Náufragos foi repetidas vezes), foi quase tudo o que não devia ter acontecido.
As recentes declarações sobre as engenharias financeiras à volta dos 2% para a defesa, foi outro momento "inesquecível" ! memorável, fica para a história a sua opinião sobre e o conflito Israel-Irão!
Creio que Seguro fez bem em referir a necessidade de cautela nesta matéria. Eu diria até, JUÍZO!
Creio que a afirmação de Seguro sobre a actuação do PR na sua condição de CSFA faz sentido, pareceu-me adequada. Porque efectivamente há uma responsabilidade constitucional mas não comanda nada, de facto.
Quanto ao rumo para o país é das coisas mais óbvias para mim.
Andamos há décadas aos repelões, às paixões desde Guterres.
E como não tratam de definir rumo para o país a 30 /40 anos, com matérias fora do normal combate político, com muitos servindo-se dos cargos em vez de servirem a sociedade, como não solucionam os problemas, depois ficam espantados com coisas como o Chega a engordar cada vez mais.
Aguardemos pelos próximos episódios. Espero poder ver os embates mais daqui a uns meses entre, o "ganda nóia, Gouveia a Melo e Seguro.
Em 3 ou 4 de Janeiro próximo deverei ter definido como vou votar, se em algum deles ou em branco.
AC
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