SEGUIR  o  EXEMPLO  do RATINHO

O ratinho chegou-se à beira do mar e mijou nele, sempre convencido de que - "qualquer bocadinho ajuda" 

Prevalece nas bolhas e em muitos titulares de órgãos de soberania, e em muitos responsáveis por cargos públicos, e em muitos cargos privados, a recusa em ouvir quem tem pensamento diferente.

E a recusa em ouvir quem sabe realmente.

Permanecem as verdades irrefutáveis.

Sobretudo permanecem as ancoradas em preconceitos vários como, antiguidade, idade, formação, experiência, origem social, e  designadamente ideológicos.

Permanece ainda, muito, a ausência de debate e o dar mão à palmatória. 

Permanece ainda, em muito lado, a postura de se servirem dos cargos para que foram eleitos e nomeados em vez de, realmente, servirem a sociedade.

Estou cansado dos inchados, de pesporrência, presunção, ignorância, vaidade, ganância, superioridade moral, e dos ungidos e SÓ ELES, de democracia e de decência,.

Neste regime em que felizmente vivo e infelizmente um pouco doente, toscamente que seja, equivocado que possa estar na apreciação deste ou daquele problema ou pessoa, desta ou aquela outra questão, no quadro das minhas limitações procuro com honestidade intelectual e sempre na procura do rigor pensar pela minha cabeça. 

Quando me engano sigo sempre o exemplo de Bento de Jesus Caraça.

Sempre presente que, nada nem ninguém me fará abandonar o direito ao Pensamento e à Palavra, e que nem ideias são delitos, nem as opiniões são crimes.

Quando servi Portugal no estrangeiro, 5 anos, tinha bem visível no meu gabinete -" if you tried to do something and you failled, you are in  a better situation that those who tried to do nothing and succeed"

Assim continuo, e nunca me esqueço que posso ser eu a estar equivocado, que seja eu que esteja com o passo trocado como se diz na tropa. 

Penso pela minha cabeça, estou muito preocupado, preocupo-me com alguma angústia quando penso que futuro chegará para os meus filhos e netos e sucessores.

António Cabral (AC)