domingo, 21 de setembro de 2025

EXTRAORDINÁRIO
Já o escrevi antes, sempre médicos e enfermeiros na família, e por essa via, muitos conhecidos, dois deles muito amigos. 

Cidadão comum que sou, apenas por razões familiares e circunstâncias da vida, tenho desde 1969 alguma noção, 
- da assistência na saúde em Portugal,  
- sobre vários hospitais do SNS e privados e alguns centros de saúde, 
- de como começou o SNS, em que assentou em certas zonas do país, 
- sobre como ele foi evoluindo, 
- sobre a questão horas extraordinárias versus vencimento base de médicos e enfermeiros e assistentes operacionais, há 35 anos e no presente,
- do corporativismo médico e enfermagem,
- sobre as diferenças das lutas de há anos consoante é o PS ou o PSD no poder.

É sabido que, depois do PSD ter ganho eleições por escassos votos a seguir a 8 anos e mais umas semanas de governação (???) António Costa
- as carreiras dos médicos e as carreiras dos enfermeiros foram revistas e com a plena concordância/ aplauso de sindicatos e ordens profissionais, 
- que no final desses fantásticos 8 anos e semanas, os vencimentos de médicos, enfermeiros, e assistentes operacionais, nada tinham a ver com os miseráveis vencimentos de Janeiro de 2016, 
- que os hospitais do SNS tiveram nesses 8 anos e semanas uma muito significativa substituição/ renovação de equipamentos facilitando a vida aos profissionais de saúde, 
- que nesses fantásticos 8 anos e semanas tudo o respeitante ao medicamento teve uma revolução, 
- que nesses 8 anos e semanas todos os hospitais e centros de saúde do SNS foram intervencionados, tiveram obras de requalificação, em português corrente, modernizados e de cara bem lavada. 

Entrou MontesNegros e a sua mais que discutível ministra da saúde e . . . .  rebentaram com tudo.

E, por isso, hoje, as classes vociferam, os vencimentos são ordinários, não há condições de trabalho como existiam até há basicamente dois anos, e não têm nada que ser mudados de locais de trabalho.

Sacanas do MontesNegros e a sua ministra!
Com eles, fecharam urgências, quase todas.
Com António Costa tudo estava no lugar, certinho.

Há coisas de facto muito curiosas!

No presente assiste-se ao gradual descalabro do SNS tão revigorado nos célebres 8 anos e semanas.
Falta cá, por exemplo, a Mariana que anda a tomar "drinks de fim de tarde" a bordo de iate, para dizer como se resolvem as coisas.

A inarrável ordem dos médicos mais os sindicatos e particularmente o chefiado pela senhora mais esquerdalha, BERRAM, vociferam, dizem que MontesNegros e a dita ministra são os causadores de começarem a sair cada vez mais médicos do SNS.
Presumo até que todos os médicos e enfermeiros podem com facilidade ser acolhidos na privada.

Nunca na vida a razão está 100 % num lado.

Isto dito, e parecendo-me que a gestão ministerial actual é bem capaz de ficar para a história por "lindos" motivos, e tendo presente que sou muito distraído, e que quase não vejo TV, e portanto por pura deficiência minha, continuo a não encontrar PUBLICAMENTE editado /MOSTRADO EM DETALHE e explicado AOS PORTUGUESES, como é que o sindicato da tal senhora e a ordem dos médicos (cada um com proposta própria) resolve os constrangimentos das urgências designadamente na grande Lisboa.

Como é que cada um define o quadro de pessoal médico e de enfermagem em cada hospital do SNS.

Quando é que a ordem dos médicos explica aos portugueses, em detalhe, o porquê da constituição das equipas médicas nas diferentes urgências hospitalares.

QUANDO EXPLICAM TUDO? Quando apresentam as soluções?

É que isto resolvia se dessem as soluções ao governo que era só aplicar.

E os meus concidadãos, já alguma vez alguns se deram ao trabalho de  escrever à Ordem dos Médicos, procurando esclarecimento sobre a constituição das equipas nas urgências, sobre as especialidades que devem estar presentes em cada equipa, e o porquê de, em faltando uma fecha TUDO?

Eu já, e como sempre em Portugal, responderam-me com silêncio, ou seja, mandaram-me à merda sem o dizerem.
Não estamos como estamos por puro acaso!

Já agora, não é curioso que seja na grande Lisboa o rebuliço?
No Porto passa-se a mesma coisa?

E mais não digo, . . . isso mesmo, "pintassilgos não são pardais".

Bom Domingo. 
Saúde e boa sorte e muita pachorra para aturar isto e certa gente, dentro e fora dos governos e da AR.

António Cabral (AC)

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