domingo, 21 de setembro de 2025

RECORDAÇÕES
POLÍTICA INTERNACIONAL E POLÍTICA NAVAL

Do avô (falecido em 1972) da minha mulher, médico, nascido na aldeia de Monsanto, herdámos várias coisas, entre bens imobiliários e bens diversos, herdámos livros.

De entre eles há este, 
muito antigo, dos anos 30 do século passado, sobre o assunto que na altura era premente, a política naval.

Li-o há uns anos e voltei agora a folheá-lo, pois algumas das afirmações creio que mantêm actualidade. 

Naturalmente, como acontece com muitos, é preciso compreender o que o autor defendia e propunha contextualiazando com o momento nacional (pouco mais de 20 anos de I República) e o internacional, designadamente com a Alemanha a furtar-se ao decidido em "Versailles! Sabe-se o que se seguiu.

Neste livro, o autor, creditado oficial da Marinha de Guerra nacional, aborda o assunto em duas grandes partes: a política internacional, e
uma segunda discorrendo então sobre a política naval, 
terminando com uma pequena incursão no que se conhecia nessa altura das marinhas de guerra do Brasil, EUA, França, Inglaterra, Itália e Japão.
Relativamente à sua grande preocupação, o poder naval, e o programa naval português, 
é interessante observar como algumas considerações mantêm actualidade. Olhe-se as páginas supra.

Vale a pena olhar à realidade presente da nossa Marinha (Marinha de Guerra até Abril 1974) tendo sobretudo em conta os compromissos internacionais do país mas, sobretudo, a massa oceânica descomunal onde temos jurisdição. 

Coisa pouca para os sucessivos governos, particularmente desde 1995, desde o primeiro governo do pastoso.

Coisa pouca para sucessivos governantes, deputados e Presidentes da República, que continuam a não perceber a diferença abissal que esta frase em inglês contém : 

You have or not a Navy!
You raise an army.

António Cabral (AC)

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